A R T H U R
estávamos abraçados enquanto deixávamos um filme rolar na televisão, conversávamos sobre coisas aleatórias. O tempo estava voando
— qual era o nome da tua mãe? — perguntei e vi ela erguer o rosto ficando próximo ao meu.
— giulia — ela deu um sorriso mínimo.
— bonito — disse sincero, acariciando os cabelos dela.
Carolina se desfez do meu abraço e engatinhou até o outro lado da cama, abrindo uma gaveta na cômoda de madeira que tinha ali.
ela pegou um papel que eu percebi ser uma foto. VV estendeu na minha direção e eu peguei vendo uma mulher que parecia muito, muito mesmo com a Carolina.— caraca, você é a cara da sua mãe — falei analisando a foto antiga na minha mão.
— ela amava a praia — Carolina se sentou com a perna de índio ao meu lado.
— tirou isso dela então, né? — perguntei mesmo que fosse óbvio.
— eu praticamente nasci na praia. Fui criada lá, né? — ela pegou a foto da minha mão e olhou com os olhos brilhando para o papel — minha mãe era salva vidas, e também líder do time de vôlei — ela riu fraco.
— acho bonito a leveza que você trás a lembrança da sua mãe — passei os dedos levemente na perna dela.
— ela foi tudo na minha vida, sabe? — os olhos dela pararam sobre mim — eu aprendi tudo com ela. E a dona Giulia não concordaria em ver a gente cabisbaixa em falar nela.
puxei a Carolina de novo para o meu peito e ela não hesitou em cruzar as pernas na minha e agarrar minha cintura. Emaranhei os dedos nos fios dela e fiz um carinho delicado.
— gostaria de conhecer ela — disse pensativo.
— ela se amarraria em você — Carolina falou e eu nem precisei olhar para o rosto dela para saber que sorria.
— ela se amarraria no pai, assim como eu tô amarradão em você!
fiz ela olhar pra mim e beijei seu rosto em cada canto.
— meu deus Arthur, para de me mimar — ela disse gargalhando, desci os beijos para o pescoço dela e vi que ela se arrepiou mas continuou gargalhando.
— o pai vai te tratar igual uma princesa, se acostume — brinquei.
— assim eu me apaixono senhor Ramos — Carolina passou os dedos pelos meus cabelos e eu estremeci com o toque.
— é pra se apaixonar mesmo — encarei ela que sorria. Carolina segurou meu rosto com as duas mãos delicadas, me fazendo encarar ela.
— você tem o papo de putão romântico, já te disse isso — ela disse engraçado e eu gargalhei.
— gata, eu só falo duas línguas que é, português e os papo de futuro! — brinquei arrancando uma gargalhada gostosa dela.
— você não existe sabia? — ela fez um carinho com o polegar na minha bochecha.
encarei ela por alguns segundos e senti o coração falhar. Aproximei nossos rostos.
— aonde você esteve Carolina? — sussurrei antes de beijar ela.
seu gosto era único e viciante. Estava completamente viciado nela.
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não revisei o cap, perdoem os erros ortográficos ou coisas confusas! obrigado por todos os comentários! 🥰
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perdição | volsher
General Fiction"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.