capítulo sessenta e seis

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C A R O L I N A

passou apenas alguns dias depois da surpresa perfeita do arthur e estávamos trabalhando firme nas gravações do clipe. precisávamos agir quase igual na forma que nós conhecemos e foi muito simples pra mim, o dificil mesmo era a produção.

câmeras toda hora desfocando. as pessoas na praia não entendendo nada e não querendo ser gravadas. foi um sufoco puro.

mas hoje era o último dia de gravação, onde ele iria vir pra falar comigo, e pode ser besteira, mas eu senti borboletas no estômago, como se fosse a primeira vez encontrando ele. tirava foto do horizonte com a câmera cenográfica e escutei o diretor e câmera, pedir pro arthur entrar em ação.

suspirei fundo.

— tudo bem? posso sentar aqui? — escutei a voz dele e me virei com um mínimo sorriso.

— pode sim! — respondi nostálgica.

— tenho te visto ultimamente por aqui. cê mora perto? — ele fazia exatamente as mesmas perguntas de que me fez há meses atrás.

— CORTA — o diretor gritou e nós continuamos nos olhando.

— você tá perfeita — ele falou olhando cada ponto do meu rosto e eu corei.

roubei um selinho dele, que sorriu.

com a ajuda dele, eu consegui levantar da canga.

caminhamos na direção do câmera que ia mostrar a nossa cena pra ver se queríamos repetir, e ficou, perfeita. então, era assim que a gente se via?

desviei o olhar para o arthur, que já estava me olhando.

— vocês tem conexão, foi fácil até — o câmera disse a gente sorriu sincronizado.

— agora partiu vidigal. lá é molezinha — o câmera disse, mas eu quase não prestei atenção, estava olhando para o sorriso do arthur.

— loirinha, cê vai com a gente?

escutei o arthur falar comigo, mas eu estava em transe.

— carol? — ele estalou os dedos no meu rosto, e então assim, eu prestei atenção.

— oi?

— quer ir pro vidigal com a gente?

— não, vida. tenho que formular um novo designer — levantei o pé pra dar um selinho nele. desgraça de homem alto.

— depois eu passo aqui — ele falou e eu assenti, fazendo um toque com o câmera e a galera da produção.

peguei meus chinelos e fui pra casa. eu estava esgotada. quando cheguei, ainda precisei escutar a briga da babi com o victor, desde jurerê os dois andam brigando um com o outro. isso era muito estranho.

tomei um banho básico e fui falar com os meus filhos antes de trabalhar. eu sentia tanta falta deles, já não aguentava mais pedir pra tia glenda vir cuidar. sinto saudade de passear e brincar com meus filhos.

·

estava terminando de jantar, quando recebi uma mensagem dele.

meu branquelo
amor, acabei agora aqui

meu branquelo
amanhã vou pintar o cabelo

carolina
ts mqlwco?

escrevi tão rápido que saiu tudo errado.


beijocas. estou de volta.

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora