C A R O L I N A
eu e Arthur nos divertimos muito naquela roda de samba. Variávamos entre dançar e nos beijar.
gosto da sensação que ele me trás como se eu fosse uma adolescente apaixonada. Arthur tem sido uma caixinha de surpresas.
o samba tinha acabado a pouco tempo e começou o funk estralando nas caixas de som. Já estava animada pelos copos de cerveja e o Arthur nunca me enganou com esse papinho de que não bebe, mas ele era bem controlado, bebia raras vezes e quando bebia, era pouco.
— tardão já — ele disse olhando o horário no relógio de pulso.
dei de ombros por estar cagando para o horário, dei um selinho nele e comecei a rebolar na frente dele. Não tinha malícia da minha parte, e era visível que dele também não. Fiquei ali até me sentir cansada e voltar para cima beijando a boca gostosa do Arthur.
ô homem viciante.
— VV, você não quer ir embora? — ele perguntou e estava escrito na testa dele o quanto ele queria ir embora.
— tá cansado Art? — perguntei fazendo carinho no rosto dele.
— normalmente, eu odeio que me chamem de Art, mas na tua boca ficou perfeito — ele selou minha boca rápido.
Arthur abraçou minha cintura e sorriu minimamente.
— gosto de como me trata — fui sincera.
ele me abraçou delicadamente.
— gosto de você.
tudo o que ele fala eu sinto muita sinceridade, mesmo que sejam coisas precipitadas.
— acho que é melhor irmos mesmo — me separei dele.
bebi o último gole de cerveja e joguei o copo fora. Arthur segurou minha mão de novo e eu firmei mais os dedos, como se não quisesse soltar nunca mais.
fomos até o carro em um silêncio agradável e ele nem ligou o rádio, provavelmente para evitar quebrar essa nossa comodidade silenciosa.
paramos em frente minha casa. Me virei para encarar ele.— acho que é até amanhã — ele disse vindo me beijar, mas eu me esquivei deixando ele confuso, coitado.
— quero que fique comigo — disse séria vendo ele se surpreender, mas sorri na sequência.
— agora! — ele falou desligando o carro.
saímos do carro no mesmo silêncio confortável. Levei ele para o quintal.
tirei a sandália sentando na grama, ele fez a mesma coisa que eu. Deitei minha cabeça em seu colo e comecei a receber um cafuné enquanto tinha a visão daquele rosto lindo dele.
— tá me olhando assim por que? — ele perguntou desconcertado.
— você é lindo — disse sincera esperando um comentário convencido da parte dele.
vivi para ver Arthur Ramos envergonhado.
— linda é você — ele devolveu o elogio.
ele se curvou para me beijar e dessa vez foi diferente, com mais intensidade.
levantei um pouco para sentir mais ele. Acariciei o rosto dele, mas tive a coragem de deslizar ela por seu corpo até o pé da sua barriga. Ele pareceu se arrepiar, mas não negou contato. Arthur apertou a mão na minha cintura e eu suspirei no beijo.
nos separei um pouco para encarar ele, seus olhos estavam escuros. Ótimo, não era apenas eu quem estava sentindo toda essa tensão entre nós. Voltei a beijar ele com muito mais fogo. As borboletas sobrevoavam meu estômago e a quentura das mãos dele expandiam por todo o meu corpo.
não demorou para naqueles toques eu me sentir febril e morrendo de vontade dele
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agora vai, família!!
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perdição | volsher
General Fiction"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.