capítulo treze

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C A R O L I N A

eu e Arthur nos divertimos muito naquela roda de samba. Variávamos entre dançar e nos beijar.

gosto da sensação que ele me trás como se eu fosse uma adolescente apaixonada. Arthur tem sido uma caixinha de surpresas.

o samba tinha acabado a pouco tempo e começou o funk estralando nas caixas de som. Já estava animada pelos copos de cerveja e o Arthur nunca me enganou com esse papinho de que não bebe, mas ele era bem controlado, bebia raras vezes e quando bebia, era pouco.

— tardão já — ele disse olhando o horário no relógio de pulso.

dei de ombros por estar cagando para o horário, dei um selinho nele e comecei a rebolar na frente dele. Não tinha malícia da minha parte, e era visível que dele também não. Fiquei ali até me sentir cansada e voltar para cima beijando a boca gostosa do Arthur.

ô homem viciante.

— VV, você não quer ir embora? — ele perguntou e estava escrito na testa dele o quanto ele queria ir embora.

— tá cansado Art? — perguntei fazendo carinho no rosto dele.

— normalmente, eu odeio que me chamem de Art, mas na tua boca ficou perfeito — ele selou minha boca rápido.

Arthur abraçou minha cintura e sorriu minimamente.

— gosto de como me trata — fui sincera.

ele me abraçou delicadamente.

— gosto de você.

tudo o que ele fala eu sinto muita sinceridade, mesmo que sejam coisas precipitadas.

— acho que é melhor irmos mesmo — me separei dele.

  bebi o último gole de cerveja e joguei o copo fora. Arthur segurou minha mão de novo e eu firmei mais os dedos, como se não quisesse soltar nunca mais.

fomos até o carro em um silêncio agradável e ele nem ligou o rádio, provavelmente para evitar quebrar essa nossa comodidade silenciosa.
 
    paramos em frente minha casa. Me virei para encarar ele.

— acho que é até amanhã — ele disse vindo me beijar, mas eu me esquivei deixando ele confuso, coitado.

— quero que fique comigo — disse séria vendo ele se surpreender, mas sorri na sequência.

— agora! — ele falou desligando o carro.

saímos do carro no mesmo silêncio confortável. Levei ele para o quintal.

tirei a sandália sentando na grama, ele fez a mesma coisa que eu. Deitei minha cabeça em seu colo e comecei a receber um cafuné enquanto tinha a visão daquele rosto lindo dele.

— tá me olhando assim por que? — ele perguntou desconcertado.

— você é lindo — disse sincera esperando um comentário convencido da parte dele.

vivi para ver Arthur Ramos envergonhado.

— linda é você — ele devolveu o elogio.

ele se curvou para me beijar e dessa vez foi diferente, com mais intensidade.

levantei um pouco para sentir mais ele. Acariciei o rosto dele, mas tive a coragem de deslizar ela por seu corpo até o pé da sua barriga. Ele pareceu se arrepiar, mas não negou contato. Arthur apertou a mão na minha cintura e eu suspirei no beijo.

nos separei um pouco para encarar ele, seus olhos estavam escuros. Ótimo, não era apenas eu quem estava sentindo toda essa tensão entre nós. Voltei a beijar ele com muito mais fogo. As borboletas sobrevoavam meu estômago e a quentura das mãos dele expandiam por todo o meu corpo.

não demorou para naqueles toques eu me sentir febril e morrendo de vontade dele

agora vai, família!!

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora