capitulo doze

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  A R T H U R

ela estava sem fala, mas eu não esperava que ela dissesse algo. Beijei ela.

   Carolina tinha um gosto incrível e eu jamais me cansaria de sentir.

  ela se afastou de mim e me encarou com aqueles olhinhos que eram as coisas mais lindinhas. Mulher perfeita do caralho

— você consegue ser rápido pra caralho e ao mesmo tempo calmo. Nem me assusto — ela disse levantando e eu apenas segui ela com os olhos.

Carolina é indecifrável.

— pô tô indo de acordo com o meu coração — brinquei e ela gargalhou alto.

  ela se vestiu de novo e eu fui atrás das coisas que eu joguei pelas pedras.
 
— escutei suas músicas, gostei muito — ela disse enquanto começávamos a entrar naquele monte de mato.

— vou compor uma pra tu, se quiser — fui sincero. Não tenho problemas em compor músicas para outras mulheres, pelo contrário, acho que fica ainda mais sincero.

— duvido — ela disse rindo e eu olhei de rabo de olho para ela.

— sou um homem de palavra. Você vai ver!

  fomos até o carro de volta, enquanto conversávamos levemente. Ela pediu para colocar Erykah Badu e por coincidência eu também me amarrava no som dela.
 
— essa eu sei até dançar, oh — ela se balançava no som de uma das pretas mais talentosas que, eu conheço no mundo musical.

— grava ai, grava ai! — ela pediu e eu puxei rapidamente o meu celular gravando a loira se requebrando. Podia parecer dura, mas na minha visão muito atraente.

  Carolina dançava com tanta empolgação que eu não parava de sorrir.
 
postei no storie do instagram e marquei ela. Guardei o celular e voltei a pilotar. Estávamos em uma ótima vibe. A mão delicada dela as vezes parava na minha nuca e eu odiava quando ela tirava. Quanto mais contato, melhor!

o sol estava mais forte que antes, provavelmente esse foi o motivo dela ter tirado a camiseta e ficado só com a parte de cima do biquíni. O corpo dela é uma coisa linda, não mudaria absolutamente nada.

[...]

   não demorei como de costume só para chegar uma hora mais cedo na casa dela. Não sei quando eu veria ela de novo, preciso aproveitar o máximo de tempo possível.

Carolina e eu entramos no consenso de que passaríamos nas nossas casas para tomar um banho e depois iríamos em uma roda de samba que começava às cincos da tarde e lá pelas nove da noite virava baile.

  parei no portão da casa dela e toquei a campainha. Ouvi latidos lá dentro, lembrei do tanto de cachorro que ela tinha. Demorou um pouco até ela vir com o semblante confuso dentro de um short jeans e um top da Nike. Maravilhosa

— o que você tá fazendo aqui? — ela perguntou abrindo o portão.

— a gente marcou agora. Você que tá atrasada — meti o louco.

Carolina semicerrou os olhos por um tempo, mas depois deu de ombros como se tivesse se convencido.

— pra mim tínhamos marcado às seis, mas tá bom. Entra ai — ela me deu passagem e eu passei por ela sentindo seu perfume forte.

observei uma garagem que não tinha carro nenhum, apenas três skates irados. Carolina tomou a frente e eu apenas segui ela. Logo estávamos dentro da casa dela e era bem simples, porém grande.

— vem que eu só vou terminar de me arrumar!

ela me puxou para uma porta que eu suponho ser o quarto dela. Tive a confirmação quando eu vi a decoração com a personalidade dela. Alguns instrumentos musicais, plantas e cores claras.

  sem me importar me joguei na cama enorme que ela tinha e também bem confortável.
 
— você tem que parar de achar que tem intimidade comigo — ela brincou sentando em uma mesinha e começou a se maquiar. Bobagem. Ela é perfeita sem.

— Carolina eu beijei tua boca, eu tenho intimidade sim — provoquei e ela gargalhou alto.

— tira o cavalo da chuva, Arthur.

comecei a observar os quadros com fotos dela e de muitas pessoas. Em todas Carolina parece feliz.

  um dos quadros me chamou a atenção. Era uma foto de uma mulher parecida com ela, mas não era. Fiquei confuso, mas lembrei que ela já havia comentado comigo que era parecida com sua mãe quando jovem. As duas são lindas.
 
— demora do caralho ein — apressei ela que mandou o dedo. Fiquei conversando com ela sobre coisas aleatórias até ficar pronta. Carolina colocou uma rasteirinha e trocou o top por uma blusinha de renda branca.

ela tava a verdadeira perdição.

  não demorou para eu estar novamente no meu carro indo na direção do samba que eu conhecia bem.

   quando chegamos já estava anoitecendo e o lugar estava visivelmente cheio. Segui minha vontade e entrelacei nossa mão e ela não recusou, agiu naturalmente. Me senti seguro
  
chegamos no samba e foi engraçado os olhares virando na nossa direção. Senti que éramos o casal vinte da noite.

— partiu se escorar num canto? — ela leu minha mente.sempre preferia ficar no canto observando tudo.

— lógico pô — levei a gente até um canto dali.

— eu vou ali e já volto, tá? — ela comunicou e eu assenti.

Carolina saiu rebolando e meus olhos não tinham pudor. Ela era gostosa, era completamente perfeita.

    vi ela indo na direção do bar. Ri ao ver que ela precisou levantar o pé para ficar do tamanho correto do balcão.
    
levei minha atenção para o meu celular e tinham algumas mensagens da minha mãe, respondi rápido. Carolina voltou com um copo que me parecia ser cerveja. Ela levou o copo na minha boca e eu neguei.

— já disse que eu não bebo álcool — brinquei e ela revirou os olhos.

peguei o copo da mão dela e beberiquei. Trouxe o corpo dela para mais perto de mim e a abracei pela cintura colocando o rosto na curvatura do pescoço cheiroso dela.

— toda hora eu te admiro. Toda hora eu te respiro. Acho que é paixão — cantei no ouvido dela.

Carolina começou a sambar e eu fui junto. Cada segundo com ela era uma ida rápida ao céu.

lembrando que todos esses caps já foram escritos por mim, a muito tempo! então, qualquer erro me perdoem.

  tô boiola nesses dois!

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora