C R U S H E R
não, ela não estava errada. muito pelo contrário. carolina estava totalmente certa.
— e eu não faço ideia do que pôde ter acontecido com os seus relacionamentos passados, mas, eu vejo sim uma certa insegurança em você. eu posso estar errada, mas, eu tenho essa visão! — ela disse e eu assenti.
— cê tá certa! eu realmente tenho medo. no meu último relacionamento quando eu fui traído, eu criei esse muro em volta de mim, e não é uma coisa que eu me orgulhe. pelo contrário — fui sincero.
carolina pegou na minha mão, como apoio.
— não quero pedir para você ficar, mas eu gosto muito de você. so te peço para não brincar comigo, ou qualquer coisa relacionada — ela disse séria e eu me aproximei.
— eu nunca brincaria com mulher nenhuma. sempre fui sincero em todos os meus relacionamentos. não espere menos isso de mim! — eu disse e ela mesmo teve a iniciativa de me beijar.
nos separamos por alguns selinhos.
— é bom saber quez quando estiver incomodada vai conversar e se abrir. eu tenho muito mais confiança e segurança de que quando eu fizer algo errado, você vai me dizer — eu disse baixinho pra ela ouvir.
— confia em mim, tá? — ela disse no mesmo tom e eu assenti ainda com as nossas testas coladas.
— não queria ter que te levar pra casa agora — fui sincero e ela olhou no relógio.
— três e meia da manhã. se quiser, podermos ir para a praia ver o amanhecer — ela sugeriu e como sempre, as melhores ideias.
selei a boca dela e logo após, voltei a dirigir, agora em caminho a praia. e como pensamos, estava deserta.
nos sentamos um pouco perto do mar e eu abracei ela, e ficamos ali, em silêncio. eu amava ter esses momentos com ela. onde aproveitavamos a companhia um do outro.
— você também sente isso? essa vibe? — ela perguntou e eu dei uma risada fraca.— sim, e sabe o que isso significa?
— o que? — ela se afastou um pouco, para me encarar.
— que a gente deve namorar! — falei sério e ela gargalhou.— arthur!
— tira o cavalinho da chuva — imitei a voz dela que riu e assentiu — eu tô aos seus pés, por isso que você pisa em mim.
— dramático demais, senhor ramos — ela riu, apoiando o queixo no meu ombro.
— você gosta de falar meu sobrenome! — reparei e ela assentiu, sorrindo.
— é diferente, gosto dele!
— quer ter ele no teu nome também? — falei com humor e ela gargalhou.
— tu não perde uma né?!
ficamos em silêncio de repente, e ela me encarava com aqueles olhos castanhos lindos que sorriam quase que sozinhos para mim.
— como que você não quer que eu queira casar contigo se você me olha desse jeito? — eu disse e ela corou, fazendo charminho.
— assim como? — ela fez manha.
— assim, tão perfeita!
— para de me elogiar um pouquinho e me beija aqui rapidinho — ela disse, erguendo o rosto e eu não hesitei em beijar ela de novo. era a coisa mais viciante que eu já tinha feito.
ficamos ali por um tempo, até o sol aparecer e pela primeira vez, vi carolina derramar algumas lágrimas. algumas gotas caiam de seus olhos, enquanto ela tinha um sorriso lindo e doce no seu rosto.
era a coisa mais linda que eu já vi na minha vida. só perdia para ela pelada.
— desculpa, é que, o nascer do sol é a coisa mais, emocionante e linda. eu sempre gostei de acordar pra ver e sempre me emociono. tenho lembranças lindas! — ela disse encarando o céu alaranjado.
— normalmente, as pessoas curtem ver o pôr do sol, mas se parar pra analisar, o nascer é ainda mais lindo mermo!
— pra mim, a natureza é linda por si só, tanto faz como se faz. mas o amanhecer sempre foi o mais importante e lindo pra mim!
conversamos um pouco mais ali, até a hora de entrar.
— arthur, se liga nisso — ela disse, me chamando atenção e eu vi ela se mexer suavemente em uma dança ao ritmo do vento.
sem ela perceber, comecei a gravar e precisei repensar e pensar se deveria ou não postar.
— quer me matar de vergonha é? — ela riu, tímida.
— eu te amo, carolina!
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infartou q eu sei.2/3
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perdição | volsher
General Fiction"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.