capítulo vinte e nove

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C R U S H E R

carolina era realmente um ser de luz. meus amigos curtiram ela de cara. era muito bom ver as pessoas importantes pra mim se dando bem.

a única coisa que me incomodava era a carência dela, todo mundo a todo momento queria falar com ela, não sobrando um momento pra mim.

dessa vez quem tinha puxado a carolina para conversar, foi a ana, e diferente das conversas até agora, aquela tinha um clima estranho. nunca vi a carolina parar de sorrir por mais de um minuto.

por curiosidade, fui me aproximando e vi que ela estava curiosa em algo.

— mas você acha que realmente vai acontecer comigo? — ela perguntou para ana que deu de ombros e me olhou meio supresa.

— carol, vou no banheiro tá? — ela disse, se afastando.

— qual foi princesa. tá com essa cara ai porque? — perguntei atraindo a atenção dela pra mim.

carolina forçou um sorriso.

— quer dançar não? — ela disse, me puxando para a pista.

— com você eu quero tudo, entenda — fui sincero e dessa vez, ela sorriu verdadeiramente.

ficamos ali sambando e curtindo um ao outro até do nada o dj colocar uma música lenta. não reclamando, lógico que eu amei ficar mais coladinho com ela. sentir o cheiro gostoso dos seus cabelos e ter a quentura do seu corpo junto ao meu.

— você é muito cheirosa, sabia? — falei em seu ouvido, enauanto nós moviamos em sincronia.

— tu também cheira muito bem, arthur — ela disse abafado.

arfei contra o seu pescoço, fazendo ela se arrepiar.

— nunca mais me chamou de art. levei pro coração — disse depois de me lembrar no que havia pensado mais cedo.

— ah não sei, na mensagem, você não me pareceu gostar muito — ela disse e eu me afastei um pouco, encarando ela.

— tá brincando, né?

afaguei meus dedos no cabelo dela, deixando apenas o meu dedão em sua bochecha delicada e rosada.

— eu odeio quando as pessoas me chamam de art, mas quando é você, e sai da sua boca, com a sua voz. me faz querer escutar diversas vontades, durante todo o meu dia — eu disse, olhando em seus olhos e a vendo ficar tímida.

ela ficava linda assim. com as bochechas rosadas e um sorriso singelo no rosto. me deixava louco.

— tá bom, art! — ela disse com aquele sorrisão lindo que faz errar as batidas do meu coração.

sorri e beijei ela com delicadeza. pedi passagem e de urgência ela cedeu. comecei a brincar com as nossas línguas de forma que apenas nós dois conseguiamos fazer.

era incrível como as coisas que eu faço com ela, por mais que eu já tenha feito outras milhares de vezes, são únicas. como se fosse a primeira. gosto muito da sensação que ela me causa.

aproveitamos cada segundo, até começar a ficar tarde e eu ter que levar ela para casa. diferente do barzinho, ela estava quieta e pensativa, o que me fez questionar se eu tinha feito algo de errado para ela.

— ei, vv?

chamei a atenção dela sem desviar o olhar da direção.

— oi? — no que essa cabecinha linda tá pensando? — perguntei e escutei ela suspirar.

— eu não ia tocar nesse assunto hoje, não queria estragar o clima, mas a ana, ela me disse algo que me deixou um pouco anestesiada. pensativa!

— e tu pode me dizer o que foi? — perguntei com delicadeza.

olhei para seu rosto por meros segundos, logo voltando a prestar atenção na estrada iluminada pelos postes.

— ela disse que eu era bacana demais para você me dar o fora rápido. ai, eu perguntei porque ela achava isso e ela explicou que todas as suas ficantes e namoradas não duraram muito tempo, que você, enojava delas — ela disse e eu senti meu ombro pesado. me vi na obrigação de suspirar.

— eu não acredito que ela disse isso.

— mas não quero que você brigue com ela, foi sem intenção nenhuma. foi um assunto aleatório que eu, insisti em saber! — ela pegou a responsabilidade para ela.

não disse mais nada, olhava atento para as ruas, para achar um lugar calmo pra parar. assim que achei, estacionei o carro.

— porque estamos aqui? — ela perguntou, confusa.

— quero conversar contigo! — eu disse sério, encarando a pequena no banco ao meu lado.

— ei, não precisa, de verdade — ela disse, tentando passar compreensão.

— precisa sim! agora eu preciso dizer. só me escuta, tudo bem? — ela assentiu.

me ajeitei no banco, para ficar mais confortável.

— ana não mentiu, carol, todos os meus anteriores relacionamenros foram passageiros. acontece, que eu sou muito intenso. eu não conseguia durar muito tempo, isso, infelizmente é um defeito meu! — eu fui sincero.

ela me olhava atenta, sem expressar nenhum sentimento.

— art, você está sendo sincero comigo. gostaria de ser contigo também. posso? — ela perguntou e eu assenti.

— eu acho, que você não durou nos seus relacionamentos anteriores não só por enjoar ou ser intenso demais. mas também, por medo. estou errada?


amo tanto eles!!

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perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora