perdição | volsher

capítulo vinte e dois

C R U S H E R

semanas seguintes.

  depois daquele dia perfeito no carro, eu e a Carolina nos falamos pelo telefone e já fazem três semanas que eu não coloco os pés no Rio. Sinto saudade da minha família, dos meus amigos e principalmente do beijo gostoso daquela surfista.

os moleques já não aguentavam mais me ouvir falar nela, mas quando eu não falava sobre, eu estava pensando nela. Aproveitei a saudade para usar como inspiração em umas letras, e tenho me dedicado a escrever a música que prometi pra ela. Já havia feito dois versos que eu não fazia ideia de como encaixar.

— vamos? — Lucca chamou nossa atenção na porta do quarto. Eu agora iria fazer o último show e finalmente voltaria pra casa

— bora rapaziada — falei levantando animadão.

fomos conversando até a van e como sempre, eu preferi ficar um pouco mais afastado pra relaxar mais. Mandei mensagem pra minha mãe perguntando se estava tudo bem por lá. Dona Adriana como sempre disse que estava perfeito, só me faltava lá.

aproveitei estar no WhatsApp e mandei mensagem para a loirinha.

Arthur
VV? tô indo pro meu último show agora

loirinha 💓
oiii, que bom! Quanto tempo de Salvador pro Rio?

Arthur
pouquinhos horas, minha princesa

loirinha 💓
quando chegar, dá um salve tá?

Arthur
pode deixar, primeira coisa que eu vou fazer com certeza

fiquei no caminho curto até a casa de show. Disseram que estava lotada, e de fora eu já conseguia ouvir muitas vozes. Fomos todos pro camarim aquecer a voz e eu agradecia por ser o último show, eu estava cansado.

— Crusher, cê entra em cinco minutos —PH, o produtor disse e eu me olhei pela última vez no espelho. Fiz minha curta oração e fui pra onde deveria ficar até ser anunciado.

  esperei o PH anunciar e ele mal tinha falado o meu nome, entrei no palco e gritos ecoaram pelos meus ouvidos. Comecei cantando Barcelona e por mais que eu tenha escutado milhões de vezes nessas semanas as multidões cantando, sempre me arrepio.

  passei o olhar pelo lugar e tinham pessoas de todos os tipos.

— então faz favor devolve o moletom, quando eu tiver só vou sentir seu cheiro.

sorri ao lembrar dela. Carolina não tinha me devolvido o meu moletom naquele dia! Por mais que eu acho que fica bem melhor nela do que em mim, queria de volta.

cantei mais algumas músicas e sentei na beirada do palco. Passei os olhos na plateia de novo. Paralisei ao ver ela.
Limpei os olhos pra espantar qualquer delírio presente, mas era realidade. Carolina estava na plateia me encarando com um sorriso lindo.

que filha da puta.

— o problema é que você me faz tão bem. Tão bem, faz tão bem. 24 horas pensando em nós, ouço sua voz, nega, só vem.

cantei "refém" enquanto olhava nos olhos dela. Coringa veio até mim e se sentou do meu lado também cantando.

Carolina sempre com suas surpresinhas.

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muito piticos. NÃO AGUENTO!

me perdoem por não estar postando mt capítulos. estou tentando organizar a minha grade de horário por causa do colégio :) prometo postar com mais frequência. amo vocês!!