A R T H U R
carolina estava me encarando apreensiva. poderia ser um péssimo momento pra eu pensar isso, mas caralho, a imagem dela nua, suada e com meu gozo saindo de dentro dela, era sexy e tentador demais.
— amor, cê não toma remédio? — perguntei, me ajeitando.
— não amor, não posso mais. o médico suspendeu anticoncepcional por eu estar tendo alguns problemas nos ovários policísticos — ela se jogou pra trás, bufando.
— calma, meu bem. não vai acontecer nada e se acontecer — ela me interrompeu.
— eu não tenho suporte para uma gravidez, meu bem — ela falou, fechando os olhos — tenho ovários policísticos, não me tira a fertilidade, mas também não significa que eu consiga mater uma criança. apesar de achar cedo demais um filho, eu não me importaria de ter um filho contigo. você seria um pai incrível! — ela me olhou, me chamando com a mão.
eu não fazia ideia desse problema dela, fiquei chateado. mas na sequência sorri, ao saber que ele teria um filho meu.
— seria perfeito ter um filho com a tua cara — fui sincero e ela riu.
— a gente pode adotar. o que você acha? — ela sugeriu e eu nunca tinha parada pra pensar nisso. sorri
— você é perfeita, carolina — beijei a ponta do seu nariz — sei que é complicado estar comigo — ela negou — é sim! eu sou intenso e as vezes te assusto com isso, tô ligado. mas é tão bom te ver pensando em um futuro comigo. me sinto seguro!
— você acha que estão nos meus planos viver momento contigo é? — ela alisou meus cabelos, provavelmente bagunçados. neguei — mas como você disse, a gente vai ficar junto quando estivermos felizes. por enquanto, você tem me feito todos os dias — ela me deu um selinho delicado.
— eu te amo tanto, carolina, que se eu pudesse casava com você agora mermo! — eu falei, sentindo meu peito pequeno e ela me encheu de beijos.
— vai pegar água pro seu amorzinho, vai — ela disse, rindo.
bufei alto, mas fui fazer o que ela pediu.
no caminho até a cozinha, passei pelo espelho da sala e vi algumas marcas no meu ombro. nem quis ver como estavam as minhas costas, já que estavam ardendo absurdamente.
peguei a jarra toda de água e só um copo. fui sem fazer o mínimo barulho pro meu quarto de novo.
infelizmente carolina já estava com a minha camiseta de novo. não que ela não ficasse gata pra caramba, mas nada em comparação com ela toda nua.
— dessa vez. eu tô lascada! — ela falou, bebendo a água em goles grandes.
— apesar de evitar barulhos, hoje foi foda — fui sincero pegando o copo dela.
— também, essa sua ro...
— oh a boca! — repreendi ela — chama ele de arthurzinho.
carol tapou a boca, gargalhando.
— vai se foder, arthur! quantos centímetros tem? 20? — dessa vez ela me fez gargalhar.
— não, 21 — eu falei sério e ela arregalou os olhos, quase cuspindo a água.
— você jura? arthurzinho? — ela tava irônica, me fazendo rir mais.
— você estava insaciável, 21 centímetros não é nada! — falei colocando a água e o copo em cima da mesinha.
me joguei do lado dela, que estava vermelha de vergonha.
— amanhã, eu vou acordar quebrada por isso. fui além do meu limite hoje — ela falou, deitada no meu peito.
— precisamos pular esses limites mais vezes, pode crê! — brinquei e ela riu.
— vamos dormir agora? tô esgotada. pelo amor de deus
— agora me sinto um bebê pra dormir — confessei, fechando os olhos e fazendo cafuné nos cabelos delas.
ficamos em silêncio sentindo o sono chegar. o corpo da minha namorada ficou pesado, mostrando que já tinha pego no sono. murmurei que amava ela e gelei quando escutei ela murmurar um "também".
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eita eita
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perdição | volsher
General Fiction"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.