capítulo dezenove

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A R T H U R

fui pra casa com vontade dela. Carolina praticamente me escorraçou da casa dela, mas o seu beijo de despedida no portão da sua casa foi doce. Tão doce que eu pedi mais um, e mais um, e mais um. Até ela quase bater o portão na minha cara.

essa mulher mal chegou na minha vida e já tá me deixando maluco. Gosto muito disso!

quando cheguei em casa vi tudo silencioso como sempre, mas seria apenas por mais alguns dias até a minha família conseguir fazer a mudança pra cá. Seria bem melhor com eles perto de mim!

tomei um banho gelado e a todo momento o sorriso dela vinha na minha mente. Eu sempre sorria quando ela tomava conta da minha imaginação. Eu tava me apaixonando.

antes de dormir uma frase surgiu na mente e ao pensar nela, corri para o quarto para procurar meu caderno de anotações, quando achei marquei para não esquecer.

"carolina é uma obra de arte que, se não existisse, eu mesmo teria esculpido."

— é Carolina, parece que sua música vai sair antes do esperado.

[...]

mais um dia no estúdio, só que dessa vez com um projeto com o papato. Ainda estávamos conversando sobre o que seria e como seria.

— tu acha que é mais equilibrado chamar algum outro mc? - gs perguntou vendo toda a letra.

— pô, acho que...

meu telefone sinalizando notificação me interrompeu. Quando li o nome dela no visor, não pensei duas vezes em ir responder.

loirinha 💓
você n tá sentindo falta de nada?

Arthur
de você? todo dia!


loirinha 💓
KKKKK muito engraçado senhor arthur. mas ent, você esqueceu sua blusa aqui!

Arthur
não tem problema, pelo contrário. Vai me ajudar a te ver mais cedo do que eu imaginava.


loirinha 💓
áudio ô Arthur? você não cansa de ver minha cara nunca não? mas vem sim, tô com saudade também!

— tá sorrindo porque molecote? — papato me chamou atenção e eu nem percebi que tava sorrindo.

— tá falando com a surfistinha lá, certeza! — gilson disse tedioso e eu dei de ombros.

— tô memo — falei respondendo ela rápido e guardando o celular de novo.

— outra? — ele perguntou erguendo a sobrancelha. Eles agem como se fossem tantas.

— a VV é diferente! — fui sincero.

— todas são irmão — bin que até agora estava quieto abriu a boca.

— conheceu ela faz uma semana e já tá gamado — gilson falou para os outros dois.

— realmente, mas eu posso curtir minhas paqueras em paz? — questionei brincando.

— beijou pelo menos? — bin perguntou arrancando gargalhadas de todos, até de mim.

— e desde quando fico gamado sem beijar? — perguntei indignado com as difamações.

— bruna da barra — bin contou no dedo.

— lara de sampa — gilson acrescentou

— não esquece a Gabi do Recreio! — papato brincou.

talvez estivessem certos. Sou um cara muito fácil de gostar, mas na minha vida inteira namorei com uma só e tomei galha ainda por cima.

— sou um cara do coração fácil — disse sincero bebericando meu guaraviton.

— coração fácil, da vida trancada irmão. você se apaixona, passa algumas semanas e vai embora como se não quisesse que entrem na tua vida — gilson dramatizou

— eu só parto quando acaba. Não vou cozinhar algo que eu não sinto mais afeto

— sempre tive uma tese! Graças a Berenice. Malandro não ama, malandro só sente desejo! E tu Arthur, nunca foi paixão, sempre foi desejo! — papato concluiu. aquilo com certeza me perturbaria até eu encontrar outra incógnita para me preocupar.


outro só por que tô muito feliz. bengals ganhou caralho!! o melhor do mundo. 🥳🥳🥳🥳🥳🥳🥳🥳

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora