capítulo vinte e sete

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C A R O L I N A


— tudo bem, eu acho — eu falei com receio.

— ela te achou bonita — acariciou meu rosto.

— até foto você mostrou? — gargalhei de nervoso.

— minha mãe pediu a ficha completa, sorte sua que eu só mostrei o básico! — ele voltou a sentar posturado, me fazendo ficar irritada pela falta de carinho.

— não teria nada demais — falei, dando de ombros.

— carolina, você naquele dia do carro — tapei a boca dele rapidamente, envergonhada.

— não precisa lembrar. foi a vontade de tipo, sei lá, sabe? — falei meio confusa e ele riu, assentindo.

— vou fingir que sei — ele riu — tá afim de vir em um barzinho por aqui mais tarde? comemorar.

ele me convidou e eu sorri. ele estava me convidando para algo que era meio importante, isso era fofo e muito significativo.

— você não quer comemorar com seus amigos ou a sua família? eles são importantes e pá — fiz charminho e ele me puxou para um abraço desajeitado.

— você para de manha, tá? cê sabe que é importante pra mim, vv! — ele se afastou, alisando minhas bochechas — tem sido uma das melhores pessoas atualmente pra mim.

sorri sem jeito, arthur sabia encantar alguém sem ao menos se esforçar.

— tu tem uma lábia de poeta vagabundo! — falei entredentes, fazendo ele gargalhar. Selei a boca dele — isso é apaixonante.

— você é apaixonante! — ele falou, dando um beijo na minha testa.

fechei os olhos. nada é mais significativo do que um beijo na testa pra mim. é bem mais do que um simples toque, é segurança e afeto.que merda, eu tô realmente gostando dele.

— eu não vou beber! — falei me afastando um pouco.

— isso foi um sim para o meu convite?

assenti com a cabeça, vendo ele sorrir.

— ótimo. mas diz aí, o que te deu pra não querer beber? — ele perguntou curioso.

que bom que ele perguntou, estava ansiosa para falar sobre o meu novo projeto e estilo de vida.

— tô querendo ser mais natural, sabe? cortar o álcool, diminuir os produtos industriais.

— tu quer ser vegana? — ele perguntou, com estranhamento.

— pô, talvez! — fui sincera.

— tem meu apoio — ele disse, sorrindo — acho até maneiro, mas eu não vivo sem carne.

— que dependente de comidas agrotóxicas, ein!? — brinquei.

— que isso — ele deu risada — nem virou vegana é quer militar? — soquei de leve seu braço, rindo junto a ele.

ficamos ali, até o casal vinte chegar com um sorriso enorme que, se dava pra desconfiar.

— pra casa? — bárbara perguntou, sorrindo.

— mais já? — arthur resmungou.

segurei o rosto dele com as duas mãos.

— eu preciso botar minha mini empresa pra rodar. infelizmente minha vida não é só praia e beijar na boca, por mais que eu queira — selei seus lábios algumas vezes. sabendo que sentiria falta deles por umas horas do meu dia.

— leva eu pô, prometo que fico quietinho no meu canto — ele falou, se levantando junto comigo.

— arthur, você vai enjoar da minha cara. depois você passa aqui pra me pegar, beleza? — perguntei pegando a prancha.

ouvi ele bufar e dei risada com isso.

— sete e meia eu passo aqui! — ele disse, me acompanhando — chama sua irmã também.

observei ela andar apressada ao lado do coringa para o outro lado da rua. enquanto eu e o arthur estávamos indo devagar, só pra curtirmos o máximo um ao outro.

— duvido que ela vá mesmo. coringa vai dormir aí hoje! — nem precisei falar muito para que ele entendesse.

— e a gente rola mais nunca? — ele falou colocando os braços em cima do meu ombro.

— para de ser safado! — brinquei, rindo.

— com você? impossível.


casal vinte a mil maravilhas!!
capítulo da manhã p saciar a sdd

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora