C A R O L I N A
— tudo bem, eu acho — eu falei com receio.— ela te achou bonita — acariciou meu rosto.
— até foto você mostrou? — gargalhei de nervoso.
— minha mãe pediu a ficha completa, sorte sua que eu só mostrei o básico! — ele voltou a sentar posturado, me fazendo ficar irritada pela falta de carinho.
— não teria nada demais — falei, dando de ombros.
— carolina, você naquele dia do carro — tapei a boca dele rapidamente, envergonhada.
— não precisa lembrar. foi a vontade de tipo, sei lá, sabe? — falei meio confusa e ele riu, assentindo.
— vou fingir que sei — ele riu — tá afim de vir em um barzinho por aqui mais tarde? comemorar.
ele me convidou e eu sorri. ele estava me convidando para algo que era meio importante, isso era fofo e muito significativo.
— você não quer comemorar com seus amigos ou a sua família? eles são importantes e pá — fiz charminho e ele me puxou para um abraço desajeitado.
— você para de manha, tá? cê sabe que é importante pra mim, vv! — ele se afastou, alisando minhas bochechas — tem sido uma das melhores pessoas atualmente pra mim.
sorri sem jeito, arthur sabia encantar alguém sem ao menos se esforçar.
— tu tem uma lábia de poeta vagabundo! — falei entredentes, fazendo ele gargalhar. Selei a boca dele — isso é apaixonante.
— você é apaixonante! — ele falou, dando um beijo na minha testa.
fechei os olhos. nada é mais significativo do que um beijo na testa pra mim. é bem mais do que um simples toque, é segurança e afeto.que merda, eu tô realmente gostando dele.
— eu não vou beber! — falei me afastando um pouco.
— isso foi um sim para o meu convite?
assenti com a cabeça, vendo ele sorrir.
— ótimo. mas diz aí, o que te deu pra não querer beber? — ele perguntou curioso.
que bom que ele perguntou, estava ansiosa para falar sobre o meu novo projeto e estilo de vida.
— tô querendo ser mais natural, sabe? cortar o álcool, diminuir os produtos industriais.
— tu quer ser vegana? — ele perguntou, com estranhamento.
— pô, talvez! — fui sincera.
— tem meu apoio — ele disse, sorrindo — acho até maneiro, mas eu não vivo sem carne.
— que dependente de comidas agrotóxicas, ein!? — brinquei.
— que isso — ele deu risada — nem virou vegana é quer militar? — soquei de leve seu braço, rindo junto a ele.
ficamos ali, até o casal vinte chegar com um sorriso enorme que, se dava pra desconfiar.
— pra casa? — bárbara perguntou, sorrindo.
— mais já? — arthur resmungou.
segurei o rosto dele com as duas mãos.
— eu preciso botar minha mini empresa pra rodar. infelizmente minha vida não é só praia e beijar na boca, por mais que eu queira — selei seus lábios algumas vezes. sabendo que sentiria falta deles por umas horas do meu dia.
— leva eu pô, prometo que fico quietinho no meu canto — ele falou, se levantando junto comigo.
— arthur, você vai enjoar da minha cara. depois você passa aqui pra me pegar, beleza? — perguntei pegando a prancha.
ouvi ele bufar e dei risada com isso.
— sete e meia eu passo aqui! — ele disse, me acompanhando — chama sua irmã também.
observei ela andar apressada ao lado do coringa para o outro lado da rua. enquanto eu e o arthur estávamos indo devagar, só pra curtirmos o máximo um ao outro.
— duvido que ela vá mesmo. coringa vai dormir aí hoje! — nem precisei falar muito para que ele entendesse.
— e a gente rola mais nunca? — ele falou colocando os braços em cima do meu ombro.
— para de ser safado! — brinquei, rindo.
— com você? impossível.
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casal vinte a mil maravilhas!!
capítulo da manhã p saciar a sdd
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perdição | volsher
Fiksi Umum"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.