C A R O L I N A
— pô, essas ondas tá maneira — falei encarando aquelas ondas.
— vai entrar nunca? — Coringa perguntou bebericando sua cerveja.
— esperando o bonito do Arthur!
— acho maneiro quem sabe da umas manobras — ele disse e eu olhei sorridente para a minha irmã.
— a bárbara te ensina, sem problemas! — eu disse, pegando o beck da mão da senhorita Bárbara.
— caralho, cê surfa também? — ele parecia surpreso
dei três tragos e estendi de volta para a minha irmã.
— surfo desde pequena.
então ela começou a contar a longa história de como a mãe ensinou a gente a surfar, enquanto eu sentia a leveza do meu corpo. Eu nunca costumo fumar, bem raro. Já a Bárbara.
— fala meus crias! — Arthur disse animado.
olhei pra trás e ele estava dentro de uma roupinha de mergulho que ficou uma graça, sorri pra ele.
— oi princesa! — ele selou minha boca e depois fez uma careta — credo Carolina, onde cê tá metendo essa boca?
— com certeza não é onde ela realmente queria — Bárbara brincou fazendo todos rirem. Eu fiquei tímida, mas achei engraçado
— fica quieta! Demorou demais — revirei os olhos — vamos ou nem dar as manobras que você prometeu? — perguntei me levantando.
— eu não viria com essa roupinha que tira toda a beleza do pai atoa né? — ele falou abrindo os braços para que observassemos seu traje.
— achei muito lindinho — abracei ele de lado, sorrindo
— se você gostou, então tá gostado — ele me abraçou também — vamo logo antes que eu perca a pouca coragem que ainda me resta!
peguei minha prancha e vi ele pegar a dele também, fomos correndo para o mar. Só me satisfaz quando a água bateu na minha cintura.
— água tá geladinha — ele falou alto e eu assenti.
— tá boa demais — comentei e olhei para as ondas — vamos na próxima comigo, ou nem?
— pra já, minha deusa!
sorri grandemente pelo apelidinho que ele me deu.
acabou que deixamos para terceira onda que estava ótima. Não consegui nem me concentrar por ver o Arthur cair assim que se colocava de pé na prancha.
— ué, não era tu que sabia surfar? — brinquei, rindo.
— tô guardando o talento bobinha, não quero te humilhar! — ele rebateu, também brincando.
ficamos naquilo até ele conseguir ficar por mais de quinze segundos em cima da prancha e realmente se saiu bem.
— olha ele! — gritei orgulhosa. Não demorou muito para que ele caísse na água novamente
nadei em sua direção.
— parabéns, conseguiu surfar em uma onda — bati nas costas dele.
— o pai manja demais, esquece — ele brincou, sentando na prancha.
— um começo, agora da um beijinho aqui Medina do Jardim Luso — me inclinei
Arthur enlaçou os dedos no meu cabelo e me deu um selinho demorado.
— partiu sair? — ele perguntou se afastando e eu ri.
— sabia que você não ia aguentar tanto tempo! — fiz chacota e ele me empurrou me fazendo cair na água, e engolir água salgada.
filho da puta! voltei a superfície e vi ele nadar até a margem do mar.
— tá achando que vai tirar Arthurzin e vai sair em branco? — ele gritou, me fazendo mandar o dedo do meio.
voltei para a prancha, e nadei até a margem
— Arthur, você podia ter me matado — dramatizei quando estava alguns metros longe dele.
— deixa de drama, minha sereia — ele disse, e eu fui até ele, me sentando ao seu lado.
— agora que vocês chegaram eu e o victor vamos na água. Cuida das coisas aí! — bárbara disse, puxando o cantor para o mar.
deitei sob a pedra e fechei os olhos para sentir os raios solares, mas meu sol foi tampado.
abri os olhos incomodada e vi o rosto do Arthur próximo.
— calma, eu não quero que você derreta, chocolate branco! — ele brincou me fazendo gargalhar.
ao ponto de ativar um porco em mim e eu sentir meus olhos molharem de lágrimas.
— porra, por essa eu não esperava! — disse sentindo minha barriga doer.
Arthur não estava diferente morria de rir também.
— imprevisível, eu sei — ele disse convencido e eu voltei a deitar na pedra. Dessa vez coloquei o peso no meu cotovelo, deixando o tronco erguido.
observava o mar.
— falei de você pra minha mãe! — Arthur disse, suave e eu virei meu pescoço rapidamente na direção dele.
quase engasguei e olha que não tinha nada na boca.
— que? — perguntei novamente, com medo de ter escutado errado.
— tava contando pra ela sobre você. Eu converso com a minha mãe sobre a minha vida, sabia? — ele brincou.
— mas, Art — ele me interrompeu.
— calma, só disse que tava conhecendo uma pessoa maravilhosa que se chama Carolina e é metida surfistinha.
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maconheira e surfista. tô apaixonadadesculpa a demora pra att.
não desistam de mim!!!! amo vocês.
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perdição | volsher
General Fiction"carolina é uma obra de arte. foi feita na medida certa, especialmente pra mim. eu a teria esculpido da mesma forma. com as mesmas curvas e linhas! sem mudanças." -- ramos, arthur.