capítulo quarenta e um

289 26 1
                                    

A R T H U R

por querer poupar a vv das minhas tretas, acabei afastando ela um pouco de mim. não tinha percebido o quanto eu senti falta dela até o selinho na praia. carolina tem me deixado maluco, e como eu queria enlouqucer.

minha surfista
não fala assim que eu sou sensível

arthur
tá fazendo o que dai?

minha surfista
acabei de trabalhar agora. tô indo comer

minha surfista
e você, minha vida?

arthur
jogado aqui no meu quarto. posso te ligar?

logo o nome dela apareceu com a foto do seu rosto lindo. atendi sem pensar duas vezes.

minha surfista: oi minha vida?

arthur: gosto quando me chama assim

minha surfista: KKKKKK mais do que quando eu te chamo de art?

arthur: bem mais

minha surfista: bom saber, art

arthur: brinca demais carolina! brinca demais.

minha surfista: to brincando nada pô. não posso mais te chamar de art, só de vida agora?

arthur: só ué

minha surfista: ai ai arthur

arthur: sua voz é tão gostosa que você pode me chamar do que quiser, meu amor.

minha surfista: ta ai. gosto quando me chama de meu amor!

arthur: fechado então. você me chama de vida e eu te chamo de meu amor!

minha surfista: tudo bem então. acho justo

ficamos em silêncio durante alguns segundos. até eu escutar um barulho do outro lado da ligação.

arthur: ta quebrando as coisas ai?

minha surfista: aha. deixei cair só uma das marmitinhas, mas tá inteira.

arthur: ah tá. não sei como que você consegue comer essas gororobas.

minha surfista: queria eu saber como você é apaixonado por comida japonesa. treco ruim, horrendo.

arthur: ruim é a sua bunda, carolina

minha surfista: ah. agora minha bunda é ruim?

arthur: desculpa. me expressei mal! sua bunda é extremamente gostosa. você tem um péssimo gosto,
amor, quem em sã consciência come semente?

minha surfista: carolina voltan ferreira!

arthur: so você mesmo!

minha surfista: um dia eu vou te mostrar algumas coisas veganas. você vai ver que é so implicância.

arthur: carolina, gosto muito de você, viu?
mas quero não, tá muito caro!

minha surfista: KKKKKKKKKKK você é um idiota.

arthur: que isso, também te amo

minha surfista: para de falar isso, vou ficar com vergonha

arthur: não mete essa tbm né. ai?

minha surfista: oi?

arthur: tá afim de ir num show comigo na sexta?

minha surfista: show de quem?

arthur: luccas carlos

minha surfista: ...

arthur: amor?

minha surfista: vida, sério?

arthur: sem brincadeira nenhuma.

minha surfista: óbvio que eu quero amor. meu deus!

arthur: mano, você é fã de vários caras dentro
do hip hop, mas não me conhecia. sigo incoformado

minha surfista: te conheci da melhor forma e hoje, sou fã numero um pô!

arthur: bons argumentos. tô superado!

Q U A R T A • F E I R A

era quarta feira e eu mal acordei e o meu avô ja veio perguntar se ja estava na hora.

— ainda falta uma hora — falei, bebendo a minha xícara de café.

— você passou o endereço certo pra ela? — ele perguntou e eu assenti.

— gostou mesmo dela né? — perguntei e ele assentiu.

— eu. não sei como você não apresentou ela pra todo mundo — ele falou, se referindo a nossa família.

— gostou mesmo dela né? — perguntei e ele assentiu.

— eu. não sei como você não apresentou ela pra todo mundo — ele falou, se referindo a nossa família.

— não é fácil assim também, vô. não quero assustar ela. ja to indo muito rápido, isso pelo o menos, eu quero que seja no tempo dela — falei sincero e ele deu de ombros.

— sua nova amiga tá subindo — eu falei para o coroa, enquanto ia em direção a porta.

quando o elevador parou, ela tocou a campainha e eu abri de imediato. carolina estava sorridente, mas algo estava diferente. dei um selinho nela e dei passagem para que ela entrasse.

— você não tá pronto ainda? eu disse nove e meia em ponto! — ela reclamou, mostrando no relógio de pulso e eu neguei puxando ela pela mão.

— não to sabendo disso ai — falei, me fazendo.

— eu odeio me atrasar, arthur. e nem era pra eu estar aqui, morro de vergonha — ela falou e ai sim percebi o que estava de errado.

carolina estava insegura e nervosa.

— não tem ninguém em casa. além de mim e do coroa — falei e eu pude ver ela suspirar aliviada.

— ai o cara que eu gosto! — ela falou, indo abraçar meu avô.

— senti sua falta, carolzinha

deixei os dois ali e fui direto pro chuveiro.


fiquem calmos. meus amô!

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora