capítulo cinquenta e um

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A R T H U R

— bom dia, família — falei, entrando na cozinha onde estava a família toda reunida tomando café.

— oi filho, dormiu em casa não? — meu pai perguntou.

— dormi não! — falei me sentando do lado do vô.

— vai comer não, amor? — minha mãe perguntou, estranhando.

sorri, pois essa era a deixa perfeita pra anunciar meu namoro.

— foi mal, comi na minha namorada — falei e todos eles pararam de fazer o que estavam fazendo. me encarando

— namorada? — fran e lucas disseram juntos, enquanto o celular estava em suas mãos.

— ah meu garoto. pediu ela? — meu avô perguntou sorrindo e eu concordei.

— é a tal da carolina? — minha mãe perguntou e eu concordei, sorrindo.

— não sei. essa menina não me cheira bem — minha avó implicou.

— quero que ela venha aqui o mais rápido possível — minha mãe falou, duramente.

— ela vai viajar hoje por duas semanas, mas quando ela voltar, ela vem! — falei e ela assentiu.

— ai sim, meu filho. pra ganhar esse coração difícil, tem que ser uma menina muito boa — meu pai falou, otimista.

— ela é a mulher da minha vida — falei sincero.

— chama a mãe dela também — minha mãe falou e eu fui desmanchando o sorriso aos poucos.

— a mãe dela faleceu. a única família dela é a irmã — expliquei.

— ai, que triste — minha mãe falou, sincera.

então, todo o assunto do café, almoço e jantar, era a carolina e eu nem gosto.

mais tarde, eu liguei pra ela e disse que estava com saudade.

carolina: pra sua e minha felicidade. volto em uma semana

arthur: jesus escutou minhas preces.
eu não ia aguentar tanto tempo longe de você.

carolina: pra quem queria um mês de
greve de sexo, né crusher?

arthur: aí já é outra história

ouvi a gargalhada gostosa dela pela linha do telefone

carolina: não é não, ramos

arthur: você fica sensual
quando fala meu sobrenome


carolina: é pra ser sensual, ramos

arthur: provocação virtual?

carolina: não tô provocando ninguém, falso!
mas e ai, tô com saudade do zequinha

arthur: o velho quase soltou fogos
quando eu disse que estamos namorando.

carolina: tu falou?

arthur: sim, e a dona adriana quer
que você venha o mais rápido
possível conhecer ela.

carolina: ai meu deus. eu morro de vergonha, arthur

arthur: não preciso disso, meu bem

carolina: precisa sim, é a sua família

arthur: amor se não gostarem de
você, o que eu dúvido muito. as coisas não
vão mudar, tudo ainda vai continuar a ser como é!

carolina: eu gosto de me dar bem
con a família dos meus namorados.

arthur: NAMORADOS?

ela deu uma risada alta e eu trinquei a mandíbula, sério.

carolina: (KKKKKKKK) me coloquei erdado! em todos os namoros em que eu tive, me dei bem com a família deles.

arthur: hm. que bom

carolina: oi, arthur? ciúmes? é isso?

arthur: não! você volta que dia?

carolina: na próxima sexta

arthur: vem jantar aqui no sábado.

carolina: amor, não acha que tá
muito em cima? acho que

arthur: para de ser bundona, carolina.
no próximo sábado você vem aqui, e cabô!

carolina: tá bom. você acha que levo a babi?

arthur: trás ela sim. e pode ficar tranquila,
que a minha mãe já gosta muito de você!

carolina: e se eu fizer algo de errado
e ela me odiar pra sempre? puta merda

arthur: ela não vai. e outra coisa,
meu avô passa vinte e quatro horas falando
de tu. praticamente todo mundo já é teu fã!

carolina: não exagera, vida

arthur: juro. a única pessoa que você
tem a mínima chance de ter problemas
é a minha avó, mas a marlene é difícil com
todos e tudo. não é porque você é você!

carolina: logo a sua vó? mas aqui,
queria te falar uma coisa

arthur: pode falar, vida

carolina: eu sou vegana e a
sua família meio que, não é!

arthur: acho que eu consigo dar um jeito aqui, e

carolina: amor, tá tudo bem.
comer um dia, não vai me matar

arthur: amor...tá tudo bem?

carolina: calma vida, tá tudo bem! tudo bem mesmo

arthur: tem certeza?

carolina: tenho sim. a gente se vê no
sábado, preciso desligar agora, meu bem.


fofos 🥺

perdição | volsherOnde histórias criam vida. Descubra agora