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   Entrei no carro e logo dei partida, um misto de raiva e tristeza estava tomando conta do meu coração

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   Entrei no carro e logo dei partida, um misto de raiva e tristeza estava tomando conta do meu coração. Não sabia o que fazer, mas não queria voltar para casa pois sei que as meninas vão ficar preocupadas e me encherem de perguntas, já que estou totalmente fora de mim.
   Comecei a dirigir a toda velocidade pelas estradas, meus dedos apertavam com tanta força o volante que se formavam nós brancos neles por consequência da falta de sangue.

   Meus dedos começaram a formigar e parecia que o sangue neles estava fervendo, tentei me concentrar na estrada mas estava difícil. Respirei fundo a fim de me controlar, mas uma sensação desconhecida tomou conta de mim, todas aquelas lembranças de minha infância estavam me afogando de forma intensa e matando cada parte do meu corpo. Uma espécie de formigamento foi se elevando cada vez mais...

   Queimado, cheiro de queimado tomou conta do carro, era isso que eu estava sentindo. Me assustei quando vi o local que estava queimando...O volante, minhas mãos estavam soltando fogo e queimando o volante, dei uma freada brusca e os carros que estavam passando deram buzinadas raivosas desviando do meu carro.

   Que merda é essa? Minha mão, minha mão estava soltando fogo?! Como isso é possível? Meus pensamentos estavam confusos enquanto eu olhava fixamente para as minhas mãos, completamente assustada. O volante estava com uma parte derretida e fui despertada dos meus pensamentos quando mais alguém buzinou na rodovia.

   Com as mãos trêmulas levei o carro para o acostamento e fiquei ali refletindo, não sabia o que fazer, não estava com cabeça para nada...Minha conclusão é que estou ficando completamente doida.

   É isso, preciso ser internada. Christopher tinha razão.

   Dei partida no carro e segui para o lugar que não havia colocado os pés a um bom tempo, o lugar aonde eu esquecia quem sou e esquecia tudo por pelo menos algumas horas.

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   — Kathe quanto tempo! — escutei Phil gritar através da música.

   O jogo de luzes e a fumaça dificultava a minha visão, então estreitei os olhos com o objetivo de enxerga-lo.

   — P-phil — falei com a voz trêmula ainda pensado no que acabara de acontecer no carro.

   — Ei, aconteceu alguma coisa? — colocou a mão no meu ombro — Faz muito tempo que você não vem aqui, só aparecia quando... — me olhou fixamente — O que aconteceu Katherine?

   — Briguei com meu pai — minha mão começou a pegar fogo do nada e eu queimei o volante também, tenho um poder mágico ou estou muita doida meu amigo, mas claro que não vou te falar isso.

   — Claro...— pegou minha mão já estando acostumado com aquilo — Vem aqui.

   — Quero a coisa mais forte que tiver — falei.

Heaven - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora