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   Alguns dias se passaram

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   Alguns dias se passaram. Em um novo acordei disposta, com ânimo, resolvendo ir caminhar como costumava a fazer antigamente. Fiz minha higiene matinal, coloquei uma roupa confortável o suficiente para minha caminhada e peguei meus fones de ouvido.

   No meu celular uma playlist aleatória tocava, enquanto eu trotava pela trilha de cimento praticamente vazia do parque central. Às sombras provocadas pelas árvores impediam os raios solares de me tocarem e um frescor causado pelo vento aliviava minha respiração cansada.

   Passaram-se minutos e já cansada, resolvi então parar para descansar em um banco próximo. Abrindo minha garrafinha e dando um gole na água que já estava quase morna, até que escutei uma voz masculina:

   — Katherine? — olhei na direção da voz avistando aquele rosto tão conhecido por mim.

   — Oi — cumprimentei Phil.

   — Não esperava te encontrar aqui essas horas.

   — Posso lhe dizer o mesmo — respondi.

   Sua presença se tornara entranha para mim, fazia um tempo que eu não tinha notícias suas ou visto o mesmo. Ele parecia diferente, tudo parecia diferente, mesmo que sua aparência continuara igual.

   — Como vai? Faz um tempo que não te vejo.

   — Vou bem, obrigada por perguntar — respondi — E você?

   — Vou bem também — respondeu sentando-se ao meu lado, porém um pouco distante, como se estivesse mantendo uma distância segura de mim — Fiquei sabendo do que aconteceu, sinto muito.

   — Não entendi?

   — Seu pa...

   — Parker — respirei fundo — John Parker. Meu pai morreu a muitos anos atrás — ele franziu os lábios os pressionando um contra o outro. Se repreendendo.

   — Desculpa — deu um sorriso envergonhado — De qualquer forma fico feliz que tenha ganhado, falavam atrocidades na TV.

   — As notícias correm rápido — dei um riso breve — E aqueles ratos são mais rápidos ainda com a virulência da difamação.

   — Pegaram pesado com a questão do Christopher — Phil parecia pronunciar seu nome com um pouco de dor, fazendo com que meu olhar caísse sobre ele.

   — É fácil acusar a ex-namorada triste pelo término em meio as brigas — falei em tom zombeteiro.

   — Sei que você não seria capaz de fazer aquilo, então sabia que era inocente desde o início — um sorriso surgiu nos meus lábios.

   Claro...eu não seria capaz...
  
   — O importante é que no final tudo se encaixa.

   — Sim — ele disse — E fico feliz por você ter achado alguém que lhe fizesse se sentir inteira — o olhei sem entender — Eu não consegui, espero que Aaron consiga.

Heaven - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora