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   No horário do almoço estávamos todos sentados na mesa mas meus olhos só focavam em uma pessoa, Aaron estava um pouco estranho comigo

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   No horário do almoço estávamos todos sentados na mesa mas meus olhos só focavam em uma pessoa, Aaron estava um pouco estranho comigo.

   — Kathe — Bea chamou minha atenção — Seu telefone.

   Olhei vendo que um número desconhecido estava me ligando. Atendi deixando no viva-voz.

   — Alô?

   — Katherine? — escutei a voz da mãe de Christopher e meu corpo congelou, ela estava chorando muito.

   — Sim?

   — Aqui é a mãe do Christopher — todos na mesa começaram a me olhar assustados — E-ele — engasgou — Kathe o Chris foi morto.

   Eu fiquei petrificada, não conseguia pronunciar uma palavra, apenas ficava olhando fixamente para minha frente tentando digerir o que eu acabará de escutar, até olhar para Aaron que não parecia nada surpreso.

   — C-como? — perguntei.

   — Eu sabia, eu sabia — ela chorava — Parece que meu filho se envolveu com aquelas pessoas de gangue novamente e foi torturado até a morte — soluçou — Você tinha que ver o corpo do meu filhinho Kathe... não sobrou quase nada — ela não parava de chorar e soluçar por um só segundo.

   — Meus pêsames — foi a única coisa que saiu enquanto eu continuava a encarar Aaron que me encarava de volta.

   — Sei que vocês não terminaram muito bem, mas se quiser vir — ela fungou — Seu velório será ás 16h.

   — Certo, se cuide — desliguei a chamada sem mais nem menos.

   — Kathe... — Dylan começou a falar.

   — Não — levantei a mão. Respirei fundo fechando os olhos e dei uma última garfada na minha comida — Vamos continuar a comer — falei ainda encarando o moreno que não desviou o olhar.

   Meus amigos ficaram surpresos com minha frieza e um fio de sorriso passou na face de Aaron.

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   Depois do almoço, como não poderíamos ir na delegacia denunciar alguém morto separamos tarefas para cada um, mas meus amigos não deixaram eu fazer nada, então fiquei na sala. Quando cansei fui para meu quarto encontrando Aaron na poltrona lendo o seu livro. Tranquei a porta atrás de mim e caminhei até ele com as mãos nos bolsos traseiros da minha calça, até parar exatamente na sua frente.

   — Você tem relação com a morte de Christopher? — perguntei sem rodeios.

   Ele abaixou o livro o fechando e colocando o mesmo sobre a mesa para me fitar melhor.

   — Por que a pergunta? — deu um sorriso ladino.

   — Você não parecia nem um pouco surpreso — falei com a voz arrastada — Fora que parece feliz com isso.

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