Capítulo Quarenta e Oito

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- Tenho consciência de que não está pronta para se envolver com alguém novo. Ao menos não por ora. Mas não me importo de tentar conquista-la para mostrar-lhe que algumas pessoas valem a pena.

- Está decidida não é mesmo? Mas qual o intuito dessa motivação se você nem me conhece bem.

- O intuito e intenção é conhecer-te bem. Não estou dizendo que iremos ter algo fixo, que casaremos e teremos uma família, estou me dando uma chance de ser a amada e te dando uma chance de amar.

- O que te faz pensar que me interessaria por você a ponto de ama-la e não somente levá-la para cama? - Espeto meu garfo em um legume e o levo a boca. Lyssa consegue me deixar mais curiosa a cada minuto. Aliás mal nos conhecemos, como ela pode estar tão determinada a me conquistar mesmo sabendo que não estou aberta a isso?

- Não sei, mas algo me diz que você não irá somente me levar para cama. - A mesa e todos seus componentes somem diante de meus olhos, só restando as cadeiras onde Lyssa e eu estamos sentadas. - Posso estar errada, mas se estiver vou pelo menos poder dizer que já dormi com a criatura mais bela de todos os reinos. - Ela levanta de seu assento e caminha lentamente até mim, paro um minuto para observar suas curvas. Lyssa não é muito alta, nem muito forte como todos os demais elfos, tem uma sutileza e delicadeza incomum, é encantadora. Um de seus olhos ainda está coberto por uma gaze branca, tão limpa quanto possível, seus olhos albinos quase se misturando a sua esclera. A medida em que ela se aproxima as cicatrizes de seu rosto ficam mais aparentes, uma que vai de seu lábio inferior até perto de seu nariz, outra do queixo até a maçã do rosto e a menos visível, do colo de seus seios até o alto do pescoço. Todas as marcas que ela possui não interferem em sua beleza que ainda assim é magnífica. Me pego pensando se devo ou não prosseguir com isso. Só uma noite, não me fará mal. Ela chega a minha frente, me observa por um segundo, prende o cabelo tão alvo quanto a neve em um coque no topo da cabeça e senta em meu colo logo em seguida. Por um momento não tenho reação. - Não concorda? - Corta o silêncio.

Não respondo, só a beijo. Minhas mãos a seguram pela cintura fazendo uma leve pressão. Seus braços se enroscam em meu pescoço e seus dedos em meu cabelo. A levanto em meus quadris e ela é mais leve do que esperava, a coloco sobre a cama ficando por cima de seu corpo. Descolo meus lábios de sua boca e os levo até seus ombros, os beijando subindo para seu pescoço. Minhas mãos sobem por debaixo de sua blusa até seus seios, os pressiono e ela solta um pequeno gemido, tiro sua roupa deixando-a despida. Seus seios estão a mostra e sua virilha está coberta apenas por uma única peça, ela me puxa contra seu corpo a fim de que continue a beija-la. Suas mãos ágeis tiram minhas peças rapidamente deixando nossos corpos em pleno contato. Levo minha boca até seus seios, chupando um enquanto massageio o outro, continuo descendo minhas mãos por seu corpo retirando o último pedaço de tecido que a mantém vestida, chegando até sua virilha, beijando cada pedaço de sua extensão. Passo minha língua quente e úmida por seus maiores lábios e seu corpo estremece, suas pernas se fecham em torno de minha cabeça e sua respiração fica mais ofegante a cada milésimo de tempo, seus gemidos agora constante me deixam cada vez mais excitada. Minhas mãos apertam suas coxas e momentos depois seu líquido é derramado em minha boca. Ela inverte nossas posições me deixando agora sob seu corpo, encaixando nossas pernas se movimentando para frente e para trás, rebolando em minha pele. Tento conter meus suspiros agarrando os lençóis mas é completamente impossível, deixo o som irromper de minha garganta quase como em um pedido para que ela não pare. Quando finalmente paramos, nossa pele está completamente suada. Me deito olhando para o teto com ela ao meu lado, e percebo que tenho um problema, por que com toda certeza eu irei querer repetir isso por muito mais vezes.

- Não temos um problema, eu também irei querer de novo. - Lyssa diz olhando para mim.

- Está lendo minha mente? - Solto uma risada.

- Força do hábito e curiosidade, queria saber o que estava pensando.

- Acho que se agradou com o que soube. - Respondo beijando-a.

- Definitivamente me agradei. - Sorri. - Mas acho que está na hora de ir, em breve o sol começará a aparecer e tenho certeza de que Kastian nos chamará para mais um dia de treinamento, precisamos descansar um pouco.

- Concordo plenamente. - Digo me revirando procurando minhas roupas em algum lugar do chão. Ela se levanta sentando na beirada da cama também procurando suas roupas, me dando novamente uma visão completa de suas belas curvas. Me pego a observando mais uma vez, e é inegável que me desperta desejo.

- Nos vemos em breve? - Sua doce voz soa por meus ouvidos assim com a mais calma música.

- Nos vemos em breve. - Quando sai de meu quarto a luz matinal já invade as cortinas, trazendo o calor de Elphia consigo.

"Pelos céus, graças, isso finalmente acabou." - Escuto Áster falar em um tom aliviado.

"O que?"- Indago.

"Você e ela, finalmente pararam."

"Você não..."

"Uma das maldições de estar aprisionada a você."

"Todas as vezes que eu..."

"Todas as vezes, isso me atormenta de tal forma, você nem imagina."

"Santo céus!" - Meu rosto fica vermelho diante a vergonha, isso é completamente terrível.

"Poderia ser pior, ao menos não vejo nem ouço nada, só sei que está acontecendo."

"Isso me acalma muito." - Digo um tanto quanto agradecida.

"Poderia ser pior."

"Precisamos te tirar de mim."

"O que?"

"Você precisa sair. Se conseguiram te aprisionar com certeza conseguem tirá-la."

"Sabe que não é assim que funciona Khione, não é tão simples."

"Temos que arrumar um jeito."

"Nós precisaríamos de uma pedra central demoníaca e do demônio que me aprisionou em seu ser, que julgo a essa altura estra morto, aliás fazem trezentos anos." - Ainda não me acostumei com o fato de não ter vinte anos como sempre achei, e sim trezentos. Me pergunto como o Arwen conseguiu esconder minha idade dos humanos.

"Por que acha que sua casa ficava afastada de todas as outras e ao invés de ir a escola estudava em casa?" - Diz e tenho certeza de que sabe o que estou pensando.

"Isso definitivamente facilitou tudo."

"Sim."

"Mas em questão a você voltar a sua forma normal, fora de meu corpo, deve existir outra opção a não ser essa, não é possível que não exista."

"Existe, de fato existe, mas você não vai tentar, não mesmo."

"E por que não tentaria?"

"Por que eu não vou deixar, é muito perigoso, tanto para você quanto para mim."

Seis Mundos: Novas OrigensOnde histórias criam vida. Descubra agora