Capítulo Vinte

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— Perdemos? Como assim perdemos? — O sorriso em meu rosto se desfaz após as palavras de Psyche.

— Eu a levei a Devin. Nunca tinha estado lá, entretanto sei que é um dos últimos lugares onde os anjos procurariam.

— Devin? Perdeu o juízo?

— Não esperava uma rainha manipuladora e que vive a custo de barganhas.

— Um gole do próprio veneno, como se sente? — Kastian pergunta quase em uma risada.

— É um assunto sério.

— Ela a matou? — Digo preocupada.

— Não, muito pelo contrário, aparentemente a rainha se encantou por Khione. Fez o acordo de não nos entregar para as tropas angelicais e em troca a nossa querida ruiva deveria ficar com ela durante um mês.

— Um mês? E o Arwen, Demir, como iremos resgata-los?

— Isso não depende somente da Khione, ainda temos você, Kastian, Meliorne e a mim. Damos conta de alguns demônios.

— Vemos que você é uma ótima guardiã, mal ficou a sós com ela e já a perdeu.

— Queria que eu lutasse com uma rainha? Para morrer? Acho que seria uma boa ideia para você.

— Certamente não seria tão ruim. Mas já que isso infelizmente não aconteceu o que faremos agora que temos mais uma pessoa para resgatar?

— Não podemos resgata-la de lá e voltar para Elphia, Mykal nos entregaria. Se ela foi capaz de beber todo sangue de seus súditos infiéis o que ela será capaz de fazer conosco.

— Sangue? Ela realmente fez isso? 

— Quando chegamos ela estava terminando o serviço. Khione me disse para te treinar, e assim irmos buscar nossos aliados.

— Não necessito de mais treinamento, posso aprender na prática.

— Ainda não está pronta.

— Me teste agora, se eu te vencer iremos amanhã mesmo até o inferno.

— Se você insiste. — Ela diz sorrindo como se a vitória já estivesse garantida.

— Vamos lá. — Ela me atinge com um feitiço que julgo ser de Faileas, ele faz meus movimentos pararem por alguns segundos, porém meu corpo reage e consigo sair. Uso a rapidez dos vampiros para deixá-la atordoada e logo em seguida a prendo com ramificações, vários poderes de todos reinos diferentes de uma só vez. Quando termino ela está presa de todas as formas possíveis.

— Parabéns, acho que está pronta. Agora pode me soltar?

— Claro. — Tiro todas as coisas presas a ela.

— Amanhã iremos ao inferno, como o prometido.

— Seu potencial realmente me espanta. — Kastian afirma embasbacada.

— Se quiser posso até lutar contra você, te vencer.

— Sua arrogância também. 

— Quer me testar? — Digo a chamando com os dedos.

— No momento em questão não estou afim de matá-la, então não.

— Tudo bem, temos que traçar por onde entraremos no inferno, ter alguma ideia de onde estão.

— Isso será fácil, já que vivi praticamente toda vida nas ruas daquele lugar. Yaza provavelmente os prendeu no subterrâneo, sobre nossa entrada  posso pedir ajuda a uma amiga.

— Sabe que não podemos confiar em muitas pessoas, como pode ter certeza de que ela não irá nos entregar?

— Por que pedirei ajuda a minha irmã. Não faria isso.

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