⚡️Capítulo 32- O herdeiro de Slytherin⚡️

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Visão Harry

Me vi parado no fim de uma câmara muito comprida e mal iluminada. Altas colunas de pedra entrelaças com cobras em relevo sustentavam um teto que se perdia na escuridão.

Fiquei escutando o silêncio hostil. Será que o basilisco estaria à minha espera num canto sombrio? E onde estaria S/a?

Então puxei minha varinha e avancei entre as colunas serpentinas. Mais uma vez senti um aperto no estômago.

Quando emparelhou com o último par de colunas, uma estátua alta como a própria câmara apareceu contra a parede do fundo.
Tive que esticar meu pescoço para ver o rosto gigantesco lá no alto. Era antigo e simiesco, com uma barba longa e rala que caía quase até a barra das vestes esvoaçantes de um bruxo de pedra, onde havia dois pés cinzentos enormes apoiados no chão liso da Câmara. E entre os pés, de bruços, jazia uma pessoa...

- Sn...- murmurei, correndo até ela e se ajoelhando - S/a... não esteja morta... por favor, não esteja morta... - larguei minha varinha de lado, segurei Sn pelos ombros e virei-a. Seu rosto estava pálido e frio como mármore, mas tinha olhos fechados, portanto não estava petrificada. Então devia estar...
- S/a, por favor, acorde - murmurava desesperado, sacudindo-a.

- Ela não vai acordar - disse uma voz indulgente...

Sobressaltei e me virei ainda de joelhos.

Um garoto alto, de cabelos negros, me observava encostado à coluna mais próxima. Eu já havia o visto antes...
- Tom... Tom Riddle?

Ele confirmou com a cabeça.

- Que é que você quer dizer com "ela não vai acordar"? - perguntei desesperado - Ela não está... não está...?

- Ainda está viva - disse Riddle - Mas por um fio.

Arregalei os olhos. Tom Riddle estivera em Hogwarts cinquenta anos atrás, contudo achava-se ali parado, com seus exatos dezesseis anos.

- Você é um fantasma? - perguntei

- Uma lembrança - disse Riddle - Conservada em um diário durante cinquenta anos.

E aprontou para o chão perto dos enormes pés da estátua. Caído ali encontrava-se o pequeno diário preto que eu já encontrara no banheiro da Murta Que Geme.

- Você tem que me ajudar, Tom - eu disse levantando a cabeça de minha amiga - Temos que tirá-la daqui. Tem um basilisco... não sei onde está, mas pode chegar a qualquer momento... Por favor, me ajude...

Riddle não se mexeu. Fui apanhar minha varinha mas a mesma não estava mais ao meu lado onde eu havia deixado.
- Você viu?

Ergui minha cabeça e Riddle estava girando minha varinha entre seus dedos compridos.

- Obrigado - eu disse estendendo minha mão para a varinha.

Mas ele não me deu, me ignorou total.
Apenas continuava a me observar e girar minha varinha.

- Escute aqui - eu disse com urgência - Temos que ir embora! Se o basilisco chegar...

- Ele não virá até ser chamado - disse Tom calmamente. MAS COMO ELE CONSEGUIA FICAR CALMO.

- Que quer dizer com isso? Olhe, me dê a minha varinha, posso precisar dela...

O sorriso de Riddle se alargou.
- Você não vai precisar dela...

- Que é que você quer dizer, não vou...?

- Esperei muito tempo por isto, Harry Potter. Por uma chance de vê-lo. De lhe falar.

𝙍𝙐𝙉𝘼𝙒𝘼𝙔 | 𝐻𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟Onde histórias criam vida. Descubra agora