⚡Capítulo 97- Dia dos Namorados⚡

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Pov's S/n


- Então você está dizendo que arma que Voldemort está procurando… está no Ministério da Magia? - sussurrei.

Estávamos na biblioteca terminando as montanhas de deveres que Umbridge havia passado, quando Harry chegou da sua primeira aula de Oclumência com Snape. Ele estava contando os pontos que ligou enquanto relembrava sonhos e flashbacks naquela sala. Deu ênfase em uma porta que sempre aparecia em seus sonhos macabros. Foi quando lembrei-me de também ter sonhado com um corredor escuro e uma porta estranha em seu fim, mas decidi não contar no momento, ainda não sabia se tinha alguma relação, caso contrário poderia apenas dificultar nossa linha de raciocínio.

- No Departamento de Mistérios, tem de estar - cochichou meu namorado. - Vi a porta quando o Sr. Weasley me levou à audiência nos tribunais, e decididamente é a mesma que ele estava guardando quando a cobra o mordeu. 

Hermione deixou escapar um suspiro longo e lento.

- Claro - sussurrou Harry, mais para si.

- Claro o quê? - perguntou Ron, meio impaciente.

- Ron, pare e pense... Estúrgio Podmore estava tentando passar por uma porta no Ministério da Magia... deve ter sido a mesma, seria coincidência demais!

- Como é que o Estúrgio estava tentando arrombar a porta se ele está do nosso lado? - perguntei.

- Bom, não sei - admitiu Hermione. - É meio estranho...

- Então o que é que tem no Departamento de Mistérios? - perguntou Harry, passando a olhar para o ruivo. - Seu pai alguma vez disse alguma coisa?

- Eu sei que eles chamam as pessoas que trabalham lá de "Inomináveis" - disse Ron, franzindo a testa. - Porque ninguém parece saber realmente o que elas fazem, um lugar esquisito para guardar uma arma. 

- Não é nada esquisito, faz absoluto sentido - retrucou Hermione. - Deverá ser alguma coisa ultrassecreta que o Ministério está desenvolvendo, imagino... 

- Harry, você tem certeza de que está se sentindo bem? - perguntei, ao vê-lo passando a mão na testa. - Está com dor na cicatriz, não é?

Me aproximei mais do garoto ao meu lado e segurei suas mãos, que agora tremiam, em meu colo. Me sentia mal quando o via assim, assim como eu sabia que ele também não ficava bem quando eu não estava bem. É dessa maneira que sempre fomos, desde pequenos, um só.

- Só estou me sentindo um pouco… não gosto muito dessa tal Oclumência.

- Acho que qualquer um se sentiria abalado se tivesse a mente atacada tantas vezes seguidas - consolou-o Hermione. 

- Olhe, vamos voltar à sala comunal, ficaremos um pouco mais confortáveis lá - sugeriu Ron.

Mas encontramos a sala comunal lotada, cheia de gritos, risos e agitação; Fred e George estavam demonstrando sua última invenção para a loja de logros e brincadeiras. 

- Chapéus sem Cabeças! - anunciava George, enquanto Fred apontava para um chapéu cônico decorado com uma pluma cor-de-rosa para os colegas que assistiam a ele. - Dois galeões cada, olhem só o Fred, agora!

Fred levou o chapéu à cabeça com um gesto largo, sorrindo. Por um segundo, ele pareceu realmente idiota; então ambos, chapéu e cabeça, desapareceram. Várias meninas soltaram gritinhos, mas todos os outros deram gostosas gargalhadas.

- Qual é a mágica desses chapéus, então? - perguntou Hermione, distraindo-se do dever que estava fazendo para apreciar Fred e George. - Quero dizer, obviamente usaram algum tipo de Feitiço da Invisibilidade, mas é muito criativo ampliar o campo da invisibilidade para além dos limites do objeto enfeitiçado... Mas imagino que o feitiço não dure muito tempo. 

𝙍𝙐𝙉𝘼𝙒𝘼𝙔 | 𝐻𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟Onde histórias criam vida. Descubra agora