IMAGINES MICHAEL JACKSON

The Castle

A chuva continua intensa ao lado de fora. Gotas D'água escorrem pelo vidro das janelas e o vento é insistente, abraçando as árvores com fervor

A mansão está solitária. Ao fundo , uma melodia clássica toca , ecoando levemente por cada área do local , que um dia já foi feliz. As esculturas bem moldadas agora estão solitárias , sem olhos curiosos para lhe admirar. Os quadros renascentistas estão empoeirados , a mercê de traças famintos.

Janelas altas capazes de iluminar todo o ambiente sem dificuldade. Cortinas com tecidos valiosos , agora estão rasgadas , voando com o ritmo suave do vento. Os corredores estão sujos. As cinzas ainda correndo por cada parte da mansão, lembranças da noite desastrosa que acontecerá.

As escadas vazias. Lugar onde tantas pessoas passavam afim de desvendar os mistérios do lugar , que carinhosamente chamavam de O Castelo. Em um dos degraus de mármore, um colar de diamantes despotava entre a sujeira, colar que um dia pertencera a alguma senhora da alta sociedade e , por desencanto , acabou se soltando do pescoço perfumado naquela noite...

A noite em que o impossível se tornou possível e o coração afável se partiu , se tornando gelo intocável.

A tempestade estava cada vez mais forte. O castelo estava escuro por conta das nuvens cinzas ao céu, que carregava raios e trovões com afinco.

O quarto majestoso também tinha sido destruído. Os armários agora em destroços, o grande quadro na ala principal da suíte z antes erguido com orgulho , vendo que o belo retrato era encantador aos olhos de qualquer indivíduo, mas agora fora destruído por mãos raivosas que o tocara.

O olhar solitário encarava o nada. As mãos descansavam no braço da poltrona antiga. Não sentia nada. Não expressava nada. Não falava nada. Somente existia. Congelado pela dor e pelo tempo. Não se ouvia as batidas do seu coração, foram parando gradativamente depois do ocorrido. A respiração era ruidosa , quase lenta.

Não se moveu quando uma batida a porta se fez presente e os passos adentraram o local , parando a alguns passos de distância. Ele não se moveu, apenas esperou.

- Já se passaram anos... - a voz era grave e velha - E o senhor continua aqui, esperando. Sinto muito por ser tão franco, meu senhor. Mas ela se foi. Não vai voltar. Me entristece profundamente em vê- lo nesse estado de luto eterno. Deve recomeçar... seguir em frente.

Ele não se moveu. Não disse nada. Não expressou nada. A pessoa de pé suspirou com pesar

- Sou o único que sobrou , meu senhor. Todos partiram e peço perdão pelo o que estou fazendo. Mas , tenho família ao lado norte e estou partindo agora... - esperou por alguma reação, que não veio - Sabe onde me encontrar. As portas de minha casa estarão sempre abertas para o senhor. Agradeço por tudo o que fez por mim. Adeus senhor... E que Deus lhe dê um final digno.

Se retirou com pressa. Esperou por um minuto na porta principal, na esperança que o solitário homem mudasse de ideia e o seguisse. Nada aconteceu. Então, ele partiu. Agora a música ecoava em um tom mais melancólico. Aos poucos , rachaduras foram feitas no coração de gelo. E , entre uma nota e outra , ele se despedaçou.

Dando seu último suspiro , ele partiu. Depois de tantos anos de espera , o senhor finalmente pôde reencontrar sua amada dos olhos encantadores.

Fim.

N/A: Calma! Só é o fim da história contada no imagine. Não é o fim do livro , vocês vão ter que me aturar por muito tempo ainda ;)