Capitulo 6

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Acordei feliz. Consegui levantar da cama sem brigar com o despertador e nem fiquei meia hora me olhando no espelho e pensando "que merda estou fazendo da vida?". Apenas me levantei, tomei banho e cantei no chuveiro... Cantei alto ao ponto de Tici vir saber o porquê de tanta alegria.

- Quanta disposição logo as 6 da manhã? (Tici fala encostada na porta do meu banheiro)

- Eu e Yuri estamos bem, vamos passar um fim de semana de lua de mel.

- Fico feliz por você está feliz.

Peço para ela me passar a toalha, e começo a me enxugar. Tici sai do banheiro e eu continuo a falar enquanto me enxugava.

- Ontem foi bom. Ganhei beijo, abraço e carinho. Ficar bem com Yuri é muito importante para mim. Porque eu gosto dele.

- Lelé posso te fazer uma pergunta?

- Claro, manda ver! (Falei sorrindo)

- Você ama Yuri?

- Claro que eu gosto dele. Que pergunta boba.

- Amiga, eu estou a falar de AMOR e não de gostar.

- Acho que sim. (Falei pensativa)

- Acha?

- Eu nunca disse que o amava, ele já me questionou isso. Mas eu... realmente nunca parei para pensar nisso, Tici.

- Amiga, não quero estragar seu dia e muito menos sua alegria, mas como sua amiga sou obrigada a ser sincera com você. Às vezes eu acho que você está acomodada com esta relação. Quando vocês se conheceram você estava fragilizada e de certa forma ele te trouxe segurança.

- Eu sei.

- Lelé eu te amo, e só quero que você seja feliz. Mas acho que está na hora de você avaliar.

- Vou fazer isso. (falo tentando encerra o assunto)

O interfone toca e Tici sai me deixando em paz. Vou ao guarda-roupa e pego um vestidinho preto, uma sandália rasteira e um chapéu que gosto de usar com a bolsa que vou usar. Pego chave do meu carro e saio do quarto, mas quando chego na sala, Tici está na porta a conversar com um homem. Paro e reconheço que é Eduardo e me aproximo.

- Bom dia Eduardo.

- Bom dia Helena, indo trabalhar?

- Sim, não tenho a sorte de vocês de poder ir à praia em plena semana. (Falo abraçando Tici)

Depois de me despedir de Eduardo e Tici, seguir para a garagem. Eu sei que vou encontrar um trânsito dos infernos, mas estou acostumada. É daquelas coisas que não vale a pena se estressa. São Paulo é assim. Aceita que dói menos.

Todo o caminho fiquei pensando no questionamento de Tici. Realmente eu não sei se o que sinto por Yuri é amor. Sei que gosto dele e que sou do tipo que insiste em uma pessoa até quando eu sentir que vale a pena. E eu acredito que ainda vale a pena. Por mais que Yuri tenha comportamentos que me desagrada, nossa vida sexual seja uma merda, ele é um ótimo amigo e sempre me conforta quando eu necessito.

A grande dúvida é: será que é amor? Esta pergunta da Tici não me sai da cabeça...

Cheguei na empresa e só Amanda tinha chegado da minha equipe. A cumprimentei e liguei meu computador.

- Amanda posso te fazer uma pergunta?

- Claro, Helena.

- Você já amou alguém?

- Não. Nunca amei! Já me apaixonei, mas amor, amor mesmo, nunca senti por ninguém. Mas porque você está com dúvidas sobre o que sente por Yuri? (Ela foi direta)

Doce saborOnde histórias criam vida. Descubra agora