Capitulo 41

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A noite insiste tanto em ir buscar Tuca no aeroporto, que Diniz ligou a Eduardo e ele liberou minha saidinha, mas me fez prometer que passaria pelo menos dois dias trancada em casa. E se eu me comportar bem poderei na próxima semana ir à casa dos meus pais. É uma viajem longa mesmo em um carro confortável como o de Diniz.

Só em lembrar de tudo que vivi na nossa casa bate uma saudade imensa. Lembro-me da horta que meus pais tinham atrás da casa, os dois balanços que meu pai mesmo fez para que eu e Tuca pudéssemos brincar. Tinha um pequeno lago com patos, galinheiro, gatos e cachorros tudo vivendo em harmonia.

Quando acordei Diniz já não estava na cama. Levantei cuidadosamente e fui direto tomar um banho. Dói um pouco meu abdome quando faço movimentos bruscos, então tudo que faço é quase em câmera lenta. Quando terminei o banho peguei me celular e liguei a Tici para saber como anda as coisas.

- Bom dia amiga. (Ela diz assim que atende)

- Estou bem. Com saudades de ti. (Digo sincera)

- Vou ai amanhã. Diniz disse que vai fazer um jantar para Tuca e não posso perder.

- Sim. Olha preciso da sua opinião.

- O que foi?

- Estou pensando em ir na casa dos meus pais. (Respiro fundo) Não sei se é boa ideia, depois de tantos anos... Mas Eduardo disse que eu poderia ir. Mas sei lá... As lembranças... Você bem que poderia ir comigo.

- Veja o dia que vocês vão e me diga com antecedência, que eu vou. Aproveito e visito meus pais. A última vez que tive lá passei na casa e a dona Maria tem cuidado bem, mas está com mal aspecto, precisa de pintura, uma limpeza geral. A mamãe até disse que deve uma corretora querendo saber se vocês não pensavam em vender, mas eu me antecipei em dizer que não.

- Fez bem. Realmente não faz parte dos nossos planos vender.

Eu e Tici ficamos um tempo a conversar e logo Carmem apareceu com meu café da manhã e minhas medicações. Eu e Tici os despedimos e por enquanto que eu tomava meu café, Carmem arrumava o quarto.

- Dona Helena, a senhora se incomoda que eu lave logo o banheiro? (Carmem pergunta)

- Claro que não fique à vontade.

Passei o dia no quarto, aproveitei e liguei para Caio para saber como anda as coisas, falei com todos da equipe e tive a ajuda-los em alguns projetos que estão a trabalhar. Conseguir não me sentir tão inútil e ajudou o tempo a passar mais rápido. Diniz me ligou para avisar que teria um almoço de negócios e não viria almoçar em casa, mas que eu me aprontasse que as 16 horas ele estava vindo me buscar para irmos para o aeroporto. Na hora do almoço Ana me troce a comida para o quarto.

- Ana, qual o segurança que está de plantão aqui em casa?

- Pedro.

- Pois peça a ele para vir aqui por favor.

Dito isso Ana sai do meu quarto e vai chamar Pedro. Pego minha bolsa e tiro as chaves e os documentos do meu carro.

- Dona Helena. (Pedro diz batendo a porta)

- Pode entrar.

- Este tudo bem?

- Sim, esta. Preciso de um favor seu.

-Pode dizer.

- Pegue meu carro, leve para lavar e abasteça, meu irmão chega hoje de viajem, como você sabe e ele vai precisar do carro.

- Mas ....

- Pedro, estou segura aqui. Acredito que os bandidos ainda estejam presos. Então por favor não complica as coisas.

Doce saborOnde histórias criam vida. Descubra agora