Capitulo 26

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- Você está se sentindo melhor?

- Não!

- Você quer vomitar?

- Não!

- Vamos conversar?

- Não! (Rosno)

- Foda-se.

O ignoro e ele a mim. Quando chegamos no meu prédio desço com presa, ando em passos rápidos tentando me equilibrar no salto, tropeço mas consigo me manter em pé. Tiro o sapato e vou descalça. Tento me concentra em uma linha reta, para alcançar meu objetivo.

- Porra ando, ando e nunca chegou na porra do meu prédio. (Falo pra mim mesma)

Quando finalmente chego ao portão do prédio, procuro minha chave, viro a bolsa pra um lado, viro pro outro e finalmente encontro. Todo dia me pergunto o que porra o porteiro faz que nunca está por perto quando a pessoas mais precisa dele. Quando tento pôr a chave na fechadura ela cai.

- Caralho. (Protesto)

- Deixa que ajudo (Diniz fala atrás de mim)

- Criatura vá embora.... Já to em casa.... Pra sua sorte e meu azar... ou para minha sorte e o seu azar? Há, sei lá .... Azar de um, sorte do outro, eu não... um você sabe... com o gatinho do Pub.... Você é um empata foda do caralho!

Diniz ignora e abre o portão , entro e o filho da mãe vem atrás... Ele faz uma bagunça aqui dentro que me deixa louca. Por que diabos eu amo esse babaca a ponto de revelar para ele todas as minhas fraquezas, mas ao mesmo tempo odeio o poder que ele tem sobre elas e sobre mim? QUE MERDA!

- Porque você não me deixou curtia noite? (Pergunto a Diniz entrando no elevador)

Ele faz ouvido de mercador. Mas eu não estou nem ai, e vou provoca-lo. Aborrece-lo até ele desistir de me ignorar e manda eu a merda e ir embora. Mas eu quero que ele vá embora? Não sei! Viro-me para ele e percebo que ele está multiplicado.

- Porra... se um tuga já é bom, imagine dois? (Falo rindo)

Eu to entrando em parafuso, estou prestes a explodir. Cada dia a vida fica mais difícil e parece que a qualquer momento eu vou sucumbir ao meu antigo eu sem brilho. Acho que não sou tão boa pra ele e as vezes eu tenho medo e até sinto que devia sair da vida dele, mas eu o quero, que merda!

O elevador chega no meu andar e saiu e o tuga gostoso vem atrás de mim, antes de chegar na minha porta ele toma a frente e abre a porta.

- Uau! Quanta competência Sr. Diniz. Mas agora pode ir... agradeço a gentileza de me trazer em casa. (Sinto que minha voz não está nada legal)

- Eu não vou a lugar nenhum. (Ele diz me empurrando para dentro, do meu apartamento)

Fecha aporta e me pega pela cintura, ai meu deus, este homem me faz tremer as estruturas. Se ele me irrita? Ah, sim. E ele faz isso da maneira mais impossível que existe. Ele me deixa louca, com os cabelos em pé. E o engraçado é que, em vez de querer matar ele, eu quero mais é enche-lo de beijos... Mas não posso... Preciso me afastar dele, acabar com esta merda toda.

- Diniz por favor, eu preciso dormir.

- Vamos conversar. (Ele diz passando suavemente os dedos no meu rosto)

Eu queria que ele me beija-se, não eu não queria. Porque afinal ele é um mentiroso, safado. E ele não é bom o suficiente para mim, ou eu não sou boa o suficiente para ele, não sei, está tudo confuso demais. Respira mulher, coragem (digo em pensamento).

-Amanhã passo na empresa e peço oficialmente demissão.

- Como é? (Ele grita)

- Isso mesmo que você ouviu. (Grito de volta)

Doce saborOnde histórias criam vida. Descubra agora