Capitulo 38

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Acordei e percebi que estava dentro de um carro. A minha primeira reação foi tentar gritar. Só então senti que havia algo cobrindo a minha boca: uma fita. Olhei em volta e tinha três homens e Tiago não estava no carro, pensei no pior. O motorista do carro estava dirigindo muito rápido e as curvas estavam fazendo com que minha barriga revirasse.

- Ela acordou (um dos encapuzados falou)

Tentei falar, mas a fita abafava minha voz. Um dos caras arrancou a fita com força da minha boca me fazendo gritar de dor.

- Quem são vocês, o que fizeram com o Tiago? (Perguntei assustada e chorando)

- Acho melhor você ficar quietinha. (O cara que estava dirigindo disse, acelerando mais ainda)

Vi pelo retrovisor do meio e fiquei em choque quando reconheci o motorista Sr. Antônio que trabalhava na portaria da antiga empresa.

- Sr. Antônio? Porque? (Comecei a gritar)

Mas um dos encapuzados voltou a me por uma fita na boca. Eu me debatia mas estava com os braços amarrados por cordas mas ainda conseguir dar alguns chutes no banco da frente e só parei quando um dos encapuzados apontou a arma para minha cabeça.

Não sei por quanto tempo ficamos dentro daquele carro. Os homens falavam por códigos, o que me deixava mais apreensiva, pois não conseguia entender qual era a real intenção deles. Entramos um uma rua sem asfalto, de terra batida, esburacada e escura, com muitas poucas casas. O carro parou e um dos caras do meu lado me pegou pelo cabelo, entrando comigo dentro de uma casa velha. Subimos uma escada e antes de jogada em um quarto um dos encapuzado liberou minhas mãos e tirou a fita da minha boca enquanto o outro me apontava uma arma ameaçando atirar se eu gritasse. Fui empurrada com tanta força para dentro que cai no chão, e eles sorriram, fechando a porta e a trancando.

Comecei socando a porta para ver se alguém me escutava. Andei pelo quarto e encontrei outra porta, imaginando que seria um banheiro. E era, estava com ânsia de vomito e a primeira coisa que fiz foi vomitar, quando terminei fui até a pia e fiz um gargarejo. Me assusto quando ouvi batidas na porta e voltei para o quarto. Um dos encapuzados entrou e ficou me observando.

- Vocês querem o que? Dinheiro? (Pergunto tentando obter qualquer resposta)

Mas o homem estava calado, se aproximando de mim, corri para o banheiro, mas não tinha fechadura e ele mais forte do que eu e empurrou a porta e fui puxada pelo braço, com força. O homem me arrastava no chão para fora do quarto. Comecei a me debater, mas isso fazia com que ele apertasse mais ainda.

Comecei chamar por socorro, mas sabia que não iria adiantar. O homem me pôs sentada em uma cadeira e me mandou calar a boca, minha visão estava ruim por causa das lagrimas. Comecei a me debater e a gritar, mas outro cara apareceu e me deu um tapa estalado em minha cara. Quando estou totalmente imobilizada, amarrada na cadeira Antônio aparece e fez positivo com a cabeça para os encapuzados. Quando olho para traz consigo ver Sonia, congelo. Meu deus porque ela está a fazer isso comigo, por que Sr. Antônio um homem tão simpático está fazendo isso? Uma raiva foi me invadindo.

- O que vocês querem de mim? Porque vocês estão fazendo isso? (Grito exigindo respostas) O que vocês querem?! Que porra Sonia, porque isso tudo???

- Calma, tá apressada? (Sonia diz irônica) Nos nem estamos com presa. (Ela diz sorrindo)

- Sonia pelo amor de Deus porque vocês estão fazendo isso, eu nunca fiz nada contra você. Sr. Antônio eu não acredito. (Digo chorando pela decepção, impotência e raiva)

- Você sabe o que eu quero. (Sonia diz dando uma gargalhada)

- Diniz?

- Claro que não. (Ela diz sarcástico)

Doce saborOnde histórias criam vida. Descubra agora