Capitulo 60

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Depois do nascimento das crianças muita coisa mudou em nossa vida, arrisco-me a dizer que mudou completamente. Mas como na vida de muitos casais as coisas mudam, depois de terem filhos. Bom... Só não digo "TODO MUNDO", pois sempre vai tem uns abençoados que jure de pé junto que nada mudou e que tudo continua igual. Ah tá! Vamos fingi que acredito!!!

Pelos menos nos 4 primeiros meses depois das crianças nascerem, eu pra já, me sentia uma vaca leiteira, jorrava leite nos meus seios, seios estes que mais pareciam que eu tinha me tornado a Sabrina Boing Boing... Tá ... exagerei.... Mas estavam imensos.

Mesmo que eu e Diniz não fossemos baladeiros, tínhamos nossos programas de casal, onde costumávamos ir jantar sempre fora, passeios românticos, idas ao cinema, viagens românticas... Agora saímos muito menos a noite, trocamos o cinema por filmes em casa, as viagens hoje são mais programadas e selecionamos mais os destinos. Os jantares agora costumam ser em nossa casa, na casa da família e de alguns poucos amigos. Pequenas grandes adaptações que acabaram colocando nossos miúdos em primeiro lugar.

Minha carreira ficou de lado, meu único trabalho era a maternidade, acordar de 3 em 3 horas para amamentar, trocar fraldas, dar banho nas crianças era minhas únicas tarefas ocupacionais diárias da minha nova jornada de mãe em período integral. Para minha sorte, "Graças a DEUS", Rita e Diniz estavam sempre presentes e me ajudavam em tudo, tivemos que contratar outra funcionaria para ajudar nas tarefas de casa. Rita durante todo o dia e Diniz durante a madrugada me ajudavam com as crianças. Eu nunca pensei que ele seria tão competente no papel de pai, realmente ele fez bem o dever de casa e leu todos os livros que comprou quando descobrimos a gravidez e os outros que ele comprou quando descobriu que eram gêmeos.

Pelo menos durante os 6 primeiros meses que as crianças apenas mamavam, posso dizer que as crianças pouco usufruíram do seu quarto, pois Diniz na segunda semana que as crianças tinham chegado em casa, decidiu que não era nada confortável ter que levantar diversas vezes durante a noite para ter que ir até quarto de Bernardo e Amy para amamenta-los ou ver se eles estavam respirando. Sim porque tem isso, passávamos mais tempo nos levantando para ver se eles estavam bem, do que para amamenta-los. Mesmo Dra. Amanda garantindo que as crianças só acordam quando estão com fome, nos sempre terminávamos por pega-los quando passava alguns minutos da hora que suspostamente eles deveriam mamar.

O estomago de Diniz não era tão forte como ele dizia ser, a primeira vez que ele trocou a frauda de Amy quase colocou para fora todo seu café da manhã. No dia seguinte ele apareceu com um KIT, PAPAI ESTÁ SE ESFORÇANDO A SER UM BOM LIMPA MERDA.

- Que porra é esta Diniz? (Digo caindo na gargalhada quando o vejo a colocar uma máscara e uma luva hospitalar)

Falando em romance e vida sexual, bom ........ Isso deu uma mudada... No início eu estava pirada, me sentia uma vaca leiteira e gorda. Por mais que Diniz continuasse a me elogiar, eu tenho bastante espelhos em casa. Ainda tínhamos nossos banhos regados de sexo, mais agora eram mais curtos, mais apresados. Depois vem o cansaço, durantes os 6 primeiros meses de vida de Amy e Bernardo, eu dormia pelos cantos, encostada em qualquer lugar que conseguisse apoiar meu corpo. Dizer que o romance durante o primeiro ano da chegada das crianças continuou igual, é mentira! Claro que tive que recorrer a Dra. Manuella que me ajudou a entender todas as mudanças, paranoias que eu andava a sentir e a viver. Diniz mesmo não foçando a barra, eu sentia que ele se sentia um tanto excluído, deixado de lado depois do nascimento das crianças e Dra. Manuella foi muito generosa a conversar abertamente do assunto comigo e Diniz.

Quando já se passava dos 3 meses fui liberada a começar fazer exercícios físicos, para recuperar a forma do corpo, além de aliviar o estresse. E pela primeira vez a academia que Diniz tinha em casa começou a ser utilizada, contratei um personal trainer, claro que teve que ser uma mulher, porque quando Diniz soube da minha ideia foi muito claro ao dizer, que em hipótese nenhuma admitiria um homem a me treinar e a tirar medidas do meu corpo.

Doce saborOnde histórias criam vida. Descubra agora