Capitulo 46

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- Meus queridos (A Mãe de Diniz diz nos abraçando) Vamos entrem.

Logo que entramos fico admirada com tamanho bom gosto, mas o que me chama mais atenção são os quatro casais que estavam espalhados na grande sala. Assim que percebem nossa presença todos se aproximam. Diniz me apresenta a todos como sua mulher me fazendo corar. Todos me elogiam e brincam com Diniz.

- Esta é a Ruth esposa do Jorge. (Diniz fala me apresentando uma mulher)

-Prazer (Digo simpática)

- É mais bonita que nas fotos. (Ruth diz tocando meus cabelos)

Diniz age estranhamente me abraçando forte pela cintura e afastando-me de Ruth. Noto que ele está tenso mais tenta disfarça,  porem consigo sentir suas mãos apertando forte minha cintura e o olho por cima dos ombros.

- Algum problema? (Digo baixo)

- Não. Porque?

- Porque você está me apertando!

- Desculpe. (Ele diz acariciando o local que me apertava)

O jantar foi agradável mais notei que Diniz ficava tenso sempre que a tal Ruth abria a boca ou se aproximava de nós, mais não entendi bem a razão afinal ela é casada com um dos amigos de infância de Diniz, um dos poucos que ficou ao lado dele mesmo quando ele e sua família tiveram problemas. Depois do Jantar todos tomam vinho com exceção de mim e Diniz.

- Não bebe Helena? (Ruth pergunta levantando uma taça de vinho)

- Não. (Digo simpática)

- Interessante. (Ela diz olhando para Diniz)

- Então Diniz como esta as coisas no Brasil (Jorge puxa conversa com Diniz e logo eles estão em volta de suas conversas de negócio)

Percebo que Ruth fica muito tempo a prestar atenção na conversa de Diniz e do seu marido. Quando os pais de Diniz chamam todos para sala eu e Diniz nos separamos e vou com sua mãe conhecer a casa, noto que Diniz observa eu subir as escadas de braços dados com sua mãe e lhe dou uma piscadela de olho fazendo sorrir.

- Linda sua casa minha sogra.

- Realmente minha filha. Esta casa foi dos meus avós, passaram para meus pais e hoje é nossa. (Ela diz orgulhosa) E a viajem foi tranquila?

- Sim, muito.

- Diniz disse-me mas cedo,  que você não estava se sentindo muito bem. (Ela diz segurando minha mão)

- Sempre que viajo fico assim. (Digo olhando para os quadros de família no imenso corredor)

- Acho melhor ir ao médico,  se não melhorar.

- Não precisa, já estou bem. (Digo alisando sua mão)

- Tem certeza?

- Sim minha sogra, eu tenho.

Voltamos a sala e não vejo Diniz. Todos estão a conversar e peço licença para ir ao banheiro. Quando estou entrando no corredor que dá ao lavabo me surpreendo ao ver Diniz a conversar com a Ruth a sois. Logo ele percebe minha presença e Ruth sorri.

- Tudo bem amor?  (Diniz diz vindo em minha direção)

- Sim, só vou ao banheiro. (Digo tentando disfarça o fato de não ter gostado da à proximidade dos dois segundos antes)

- Vou para sala. Licença. (Ruth diz sorrindo e sai)

Encaro Diniz que dá em ombros. Vou ao banheiro fazer xixi e quando saiu Diniz está a minha espera, sorrio e ele devolve-me um sorriso amável. Na sala toda conversam ao mesmo tempo, e não consigo acompanhar a conversa e me concentro e sorrir. Estava cansada, e não gostava nem um pouco da forma que Ruth sempre olhava para Diniz. Notei que ele evitava olhar para ela e senti que ele não estava muito confortável e segurei forte sua mão, o fazendo olhar-me com um sorriso cansado. Eu já estava exausta de estar ali, a conversa não me dizia nada e eu estava cheia de sono.

Doce saborOnde histórias criam vida. Descubra agora