Diniz
Droga, por que diabos existe o ciúme? Por causa desse merda chamada ciúmes que eu tô aqui. Nessa sala de espera de um hospital idiota esperando que a mulher da minha vida saia bem daquele quarto. Por que eu tinha que dizer aquelas coisas pra ela? Por que ela tinha que sair correndo? Por que diabos ela não podia ter olhado antes de atravessar a rua? Por que ela tinha que ser atingida por um carro?
Eu e Helena decidimos sair para jantar, ela depois disse que precisava ir ao banheiro. Notei que ela estava demorando a voltar, pensei que ela poderia estar se sentindo mal disposta e fui até lá. Chegando próximo ao corredor que dá aos banheiros, vejo Helena conversando com um cara, que estava na maior cara dura dando em cima dela, e ela lá, achando a maior graça. Mas o ódio e o ciúme tomaram conta de mim. Eu já estava furioso de ve-la a conversar com aquele cara... Foda-se, por que ele tá passando a mão no braço da Helena? Depois que eu vi aquele cara conversando e passando a mão na MINHA mulher, simplesmente serrei os punhos, já não via nada a minha frente.
- Que diabos você está fazendo? (Ela grita, tarde demais o cara já estava no chão com o nariz a sangrar)
Depois disso, eu só me lembro da gente brigando. Lembro-me de depois estar correndo disparado a rua quando ouvi um baque chegando aos meus ouvidos. Quando cheguei na rua, vi ela caída no chão, o motorista fugiu em disparada. A única coisa que eu fiz foi correr em direção a ela desesperado. Fiquei tão transtornado que não tive mais reação a não ser coloca-la em meu colo.
E agora estamos aqui, ela dentro de uma sala de hospital, e eu sentado em uma poltrona na sala de espera. Eu nem sequer posso ficar no mesmo quarto que Helena. Minutos depois de me xingar e de muitas lágrimas derramadas, o médico que atendeu a Helena veio em minha direção.
Eu me levantei e imaginei o pior, passaram mil coisas em minha cabeça, jurei que se eu saísse daquele hospital sem Helena, eu arrumaria um modo de nos encontrarmos em breve. Daria um jeito de nos encontrarmos em outra vida, porque Helena sempre diz que tem outra vida após a morte.
- Você é o acompanhante da Sra. Helena Garcia?
O médico deu uma olhada em uma prancheta em sua mão, e me olhou com uma cara de quem dissesse que sentia muito. Nesse exato minuto, meu mundo parou.
- Bom, sua mulher está bem. Sorte dela que não perdeu o bebê. Posso lhe dizer meu filho, foi um milagre em uma gestação de apenas poucas semanais a criança sobreviver.
O médico ficou falando umas coisas, mas eu só parei de ouvi-lo quando ele disse "sua mulher está bem, sorte dela que não perdeu o bebê ".
- Foda-se, eu vou ser pai?! (Eu dei um abraço no medico, que ficou a me olhar assustado)
Sabíamos que existia esta possibilidade, depois que transamos a primeira vez sem camisinha, relaxamos um pouco. Helena era para fazer o exame mas com a correria ela esqueceu, o que é normal. E eu não queria também lembra-la. Desde que conheci Helena, eu quero tudo com ela, casar, ter filhos, morar em uma quinta, "fazenda aqui no brasil", ter uma vida tranquila longe da agitação das grandes cidades.
- Você quer visitar a sua mulher?
Voltei a prestar atenção no mundo ao meu redor, e assenti com a cabeça, ele me conduziu ao quarto que Helena estava. Entrei e minha miúda estava dormindo, com alguns curativos na testa, nos braços e nas pernas que se encontravam raladas de leve. Fui até ela, beijei sua testa, sorri.
- Me desculpa por tudo o que eu disse, por tudo o que eu fiz. (Sussurrei em seu ouvido, passando a mão em sua barriga)
- Ela terá alta amanhã logo cedo. Quando ela acordar, faremos só os últimos exames e ela estará liberada.
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Doce sabor
RomanceAVISO IMPORTANTE *Esta obra será postada ate o final. *Qualquer semelhança é mera coincidência. *PLÁGIO É CRIME ! *Conteúdo destinado a indivíduos maiores de 18 anos. *Não deixe de votar e comentar. *As imagens representam os personagens. Blake Liv...