- E então... - minha mãe começa. - O que você estava fazendo na casa dos Parker mais cedo?
Estamos sentados, vendo um filme de ação que até agora não sei o nome. Ander, que mais cedo estava calado, agora se vira para mim e sorri, demonstrando que também quer saber.
- Nada.
Minha mãe revira os olhos. - "Nada"! Até parece, vi os dois de mãos dadas ontem! Vocês estão namorando? - ela pergunta, com uma voz sonhadora.
Porque parece que minha mãe vive querendo me juntar com alguém?
- Não - resmungo. E ela desiste, já sabendo que não vou falar muita coisa.Vou em direção ao quarto, me fazendo a mesma pergunta que minha mãe me fez. O que está acontecendo entre mim e Lucas?
. . . . .
- Hey - o lindo garoto de olhos azuis me cumprimenta assim que entro no carro, para irmos para a escola. Ele coloca uma música desconhecida, porém a sensação de paz quando estamos no carro, ouvindo música, não existe dessa vez.
Lucas parece tenso, refletindo o meu estado de espírito. Michael já deve estar na escola à essa hora, pois me lembro que odeia chegar atrasado em qualquer lugar que vá.
Ele estaciona, e nós dois olhamos para o grande prédio azul, como se esperando nossa sentença. Sei que ele tentará falar comigo, e não vou fugir. Vou cuspir em seu rosto tudo o que passei quando ele me traiu, e nunca mais vou olha-lo na cara.
As aulas passam cansativas enquanto eu permaneço tensa sobre quando Michael virá atrás de mim.
- Hey. - Isabella me chama no meio da aula de matemática. - Você tá bem?
Lhe dou um leve aceno. Contei tudo para Isabella assim que cheguei na escola, vendo seus olhos brilhantes quando falei de Lucas e cheios de fúria quando falei de Michael. Afinal, o que ele queria comigo?
No término da aula, fomos em direção ao refeitório. Estávamos almoçando com Lucas e o tal do garoto, Jonas, quando ele veio me chamar:
- Anna, posso falar com você? -- Michael aparece por trás de Isabella, que está do outro lado da mesa. Vejo Lucas ficar rígido, e aperto seu joelho por baixo da mesa, sinalizando que está tudo bem.
Me levanto e vou caminhando com ele em direção ao pátio da escola, já que poucas pessoas vão lá. No meio do caminho, vejo Evangeline nos encarando, um sorriso estampado na boca cheia de batom.
Desvio meus olhos e sigo Michael para um área mais reservada. Ele se senta, mas eu não. Planejo uma rápida conversa, em pé. Ele ergue as sombrancelhas, mas ignora minha ação. Espero que começe a falar.
- Como você está? - ele pergunta, nervoso.
É isso? Ele só queria saber como eu estava? Bem, até você aparecer de novo.- Bem.
Ele parece surpreso.
- Depois de tudo o que aconteceu, eu não pude falar com você.Aceno e olho ao redor. São cerca de 11 horas, e o sol está no topo, banhando todo o jardim descoberto. Parece um dia bonito, mas não para amenizar o meu estado de espírito.
- O que você quer, Michael? - vou direto ao ponto. - Eu não tenho nada para falar com você.
Me viro para ele. Seus olhos, que na minha imaginação estavam cheios de tristeza e rejeição, estão ao contrário disso. Ele me encara frio, quase com fúria.
- Apesar de tudo o que houve Anna, eu ainda me importo com você. Queria saber se está tudo bem, mas você parece a mesma pessoa teimosa e insensata de 6 meses atrás.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O segundo amor de Annabelle Louis
Random"Pego-a pela cintura, assustando-a, e ela solta um gritinho, vindo para mais perto,me olhando com um sorriso travesso no rosto. Abaixo minha cabeça e encontro meus lábios nos dela. Ela fica na ponta dos pés e põe os braços ao redor do meu pescoço, e...