Capítulo 62

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Isabella

Ele me prendeu no corrimão da escada.

Gritei em plemões pulmões por um tempo, até que cansei. Mas isso não me impedia de tentar matá-lo toda vez que ele passava por ali. Até ele me dar pontapés enquanto me mandava calar a boca.

Encosto minha testa na grade do corrimão, clareando meus pensamentos. Sinto um cutucão na minha coxa e abro os olhos.

- Bem, sua amiga ainda está acordada, se é isso o que queria saber.

Suspiro, e deixo minha cabeça cair para frente. Ela não para. - Já desistiu?

- De quê?

- De tentar fugir.

Abano a cabeça, aborrecida. - Você sabe que isso é errado. E sabe que pode nos tirar daqui.

- Não, não posso.

- Pode sim.

Ela me encara pensativa, e arregala os olhos. Penso que devo estar persuadindo-a.

- Você pode chamar a polícia. Ou imobilizá-lo, sei que ainda tem aquela coisa que me fez desmaiar em algum lugar..-

- Hm, eu acho melhor..-

- Camille, por favor.

Neste momento, sinto um tapa forte na minha orelha, seguido pela ardência. - Covarde. - resmungo.

Jonh põe as duas mãos nos meus ombros, atrás de mim. - É incrível. Você não consegue ficar quieta. Sabe.. - pega meu queixo e me faz olhar para seu rosto. - Eu jurava que quem ia ficar assim, revoltada, seria Annabelle. Ela tem um jeito meio durão. Mas você..

Cuspo em seu rosto.

Ele fecha os olhos, e quando os abre, os dois têm uma fúria assassina brilhando em suas pupilas.

Pega meus ombros e bate minha cabeça várias vezes contra o metal frio, até Camille começar a gritar. Sinto as agulhadas em meu cérebro, e meus olhos ardem para a dor.

- Nunca mais... - ele pressiona minha cabeça contra a grade. - Me desrespeite. Ou farei pior que isso.

Então, com um movimento brusco, solta minha cabeça. Pela fenda nos meus olhos disponível para minha visão embaçada, vejo Camille. Ela tem as duas mãos na boca, horrorizada com a violência.

A dor se torna quase imsuportável, e vai aumentando até causar calafrios no meu corpo. Meu corpo amolece quando finalmente sucumbo à escuridão.

***

- Bell! Bell! Isabella!! Olha pra mim, isso. Mantenha seus olhos em mim. Vamos! Não feche os olhos!

Me sinto tonta, e com frio. O chão sob meus pés está escorregadio. Chuva?

Sinto um latejar em minha cabeça quando tento abrir os olhos novamente. Tudo está embaçado, e não tenho coordenação sob meus membros, o que me faz pensar que estou em uma realidade paralela àquela.

Meus olhos focam em claros olhos azuis.

Desperto.

Ele tem um olhar aterrorizado no rosto enquanto tenta soltar as cordas que prendem meus pulsos. Espere.

- Jared? - minha voz tenta sair alta, mas sai mais como um sussurro. Não, isso é impossível.

- Bell! Isabella! Fique acordada, por tudo o que é mais sagrado, fique acordada!

Fecho meus olhos novamente, e tenho dificuldade para abrí-los. Sim, talvez seja melhor ficar acordada.

- Jared... o quê..-

O segundo amor de Annabelle LouisOnde histórias criam vida. Descubra agora