Capítulo 52

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Lucas

Esfrego a rosto contra a almofada do sofá, tentando lembrar quando foi a última vez que ela se deitou ali.

Na última noite, antes de vocês ficarem juntos.

Eu sou um babaca.

Passaram-se 12 dias, e eu achava que com o tempo tudo ia melhorar, mas parece mais doloroso a cada dia, se tornando quase insuportável.

Ela está ali, na casa ao lado, e dói não poder ir lá em tomá-la em meus braços.

Um babaca maricas.

Fecho os olhos para a terrível dor de cabeça quando ouço a porta bater, evidências da bebedeira de ontem. Jared aparece com uma sacola da farmácia, e atira em mim. Gemo.

- Meu Deus, você está horrível.

Lhe mostro meu dedo do meio, pegando a sacola com aspirina e um chocolate. Own.

- Não se sinta lisongeado, isso é meu.

Ele levanta rapidamente, arrancando o pacote da minha mão. - E cara... - se aproxima novamente, me cheirando. - Cê tá cheirando a bunda. Quando foi a última vez que tomou banho?

Ergo as sobrancelhas, e ignoro o comentário. - Ontem, antes de ir para a escola. E como você sabe o cheiro de uma bunda?

- Eu simplismente sei. Tem certeza que não se esfregou em uma pilha de cuecas sujas depois do banho?

- Acho que sim, agora me deixe em paz. Vou aproveitar a sexta e passar o fim de semana na minha depressão. E sem tomar banho.

- Você é um porco.

Ele desaparece na curva do corredor, subindo as escadas em direção ao seu quarto.

Conto os dias. Até mesmo as conversas, ou olhares que furtivamente lancei para ela ontem. Na minha ordem cronológica, tudo aconteceu no domingo. Não esperei que ela fosse segunda para a escola, e de fato, ela não foi. Perguntaram-me, e eu disse que terminei. É bom. Foi melhor assim.

Mas quando ela também não foi terça, realmente, fiquei preocupado.

Achei que nunca mais a veria, e mandei que Isabella ficasse com os olhos abertos por mim. Recebi um chute no traseiro e palavras um tanto baixas como resposta.

Quarta-feira e eu já estava desesperado.

Pensei em bater em sua porta. Implorar para que me deixassem entrar, deixar que ela me batesse. Qualquer coisa. Qualquer coisa, desde que eu a visse.

Foi quando as garotas voltaram.

Eu caí na real. No que eu estava pensando? Fiz tudo o que fiz para não submetê-la a riscos desnecessários, e estava prestes a jogar tudo pro ar.

Tentei. Realmente tentei, esquecê-la com outra garota. Funcionara da última vez, mas agora, parecia como comer tofu, enquanto o prato de carne e batatas foi deixado de lado.

Meu voto de celibato foi feito.

Quinta-feira. Preciso dizer que ela finalmente apareceu?

Meu maior arrependimento é que assim que a vi, não pensei. Apenas fui caminhando em sua direção, como se fosse um instinto natural, de sobrevivência, e quando percebi, já era tarde demais.

Levei um fora. E quando tudo o que eu queria era tocá-la, apenas uma vez, ela me afastou.

Sexta-feira. Oito dias depois do meu fora. Não, não fui para a escola hoje. E nenhum dia depois daquilo. Foi como um chute. No ovo.

O segundo amor de Annabelle LouisOnde histórias criam vida. Descubra agora