O segundo amor de Annabelle Louis

Capítulo 53

Isabella

- Sabe, Abby. - ela me entrega o refrigerante. - Anna me disse, que está interessada em Lucas.

Ela sorri, mas percebo o olhar gélido em sua face. Anna, talvez, tenha demorado para perceber seu verdadeiro caráter, mas desde a primeira vez em que essa vadia pisou aqui, eu soube.

Ela não é flor que se cheire.

- Sei que eles acabaram de terminar, mas ela me informou estar bem com tudo isso. Acho que não era pra ser, não é?

Sorrio ironicamente, a cólera lentamente tomando conta do meu corpo. - Na verdade, eu acho o contrário. Esses dois são tipo, perfeitos um para o outro.

Abby ergue as sobrancelhas, mas nada comenta. Hora da facada. - Na verdade, é provável, e muito, que os dois ainda voltem. Você por acaso sabe o motivo do término?

Vejo a curiosidade, juntamente com a irritação, tomar conta de seu rosto. - Por quê?

Faço uma expressão monótona. - Na verdade, Lucas deu um tempo na relação por causa do seu pai, que não aprova. Está apenas esperando que as coisas esfriem, e fará de tudo para tê-la de volta. Ele ainda a ama, Abby. Você não acha isso lindo?

Ela sorri friamente. - Com certeza. O problema é se ela o aceitará de volta. Acho difícil - suspira. - Ainda mais depois de tudo o que ele anda fazendo.

Arregalo os olhos. - O quê?

- Oh, você não sabia? Que estranho, vocês são bem próximos. Eu, pelo menos, soube que ele tem, meio que "visto outras" desde o término. Se é que me entende.

É mentira. Ele nunca o faria. Ou eu mesma acabaria com sua raça.

- Tem certeza que sua informação está correta, flor?

A guerra foi declarada. Nos apelidamos.

Ela suspira, provavelmente para evitar me dar um murro. Sorte sua, eu retribuiria o gesto.

- Sim, eu mesma vi, amiga. - Amiga. - Você que devia, ter certeza de suas informações. Os gestos de Lucas parecem mostrar o contrário.

Ela revira os olhos, e agora sei que sua paciência acabou, onde está Anna, com a merda do spray??

- Escuta aqui. - bato na mesa, também já sem paciência. - Quem você pensa que é..-

Perco a fala quando vejo que, depois que seus olhares reviraram, ele focaram na saída. Ela estreita-os. - Onde está Anna?

Me viro, vendo o estacionamento atravéz da porta de vidro. Daqui, não posso ver o carro de Jared, mas ainda assim, ela já devia ter voltado, não?

Suspiro, e me viro para Abby novamente. - Também estou preocupada, vamos dar uma olhada.

Ela arregala os olhos. - Você é louca? Está escuro lá fora!

- Covarde. - insinuo. - Irei eu mesma ver o que aconteceu, então. Fique aqui, ainda não terminamos.

Ela põe as mãos na cintura, em sinal de desafio. O nariz empinado.

Quando voltar, vou quebrá-lo.

Saio para o ar frio, vindo da floresta. Há uma neblina ridícula hoje, que me faz lembrar de cena de Vampire Dieries e Teen Wolf.

Cruzo os braços. - Anna?

Dou mais alguns passos, até parar de frente ao carro de Jared. A porta está aberta, mas sem nenhum sinal da sua mochila.

- Okay, pode aparecer.

Meu spray de pimenta está no chão.

- Annabelle Rose Louis, se você não aparecer em cinco segundos, vou ficar com muita raiva de você.

Penso no quão patética minha ameaça pode ter sido.

Ouço de um barulho de passos rápidos vindo do carro na minha frente, e descruzo os braços. - Anna. - sussurro.

Meu movimento no reflexo no vidro da janela do carro me chama a atenção. O cabelo está solto, e liso.

Mas o quê..-

De repente, um movimento atrás de mim me chama a atenção. A figura se ergue sobre meu corpo, com uma arma branca na mão.

O mundo parece ficar mais devagar.

Me viro, num giro. - NÃO!!! - ponho os braços na frente do meu rosto para proteger minha cabeça, e sinto um forte golpe nos meus antebraços, seguido pela dor quase insuportável, que enfraquece meus membros superiores.

Dou dois passos para trás, os olhos arregalados, e ignoro a dor. Foco meus olhos na minha frente.

- VOCÊ!!

Fuzilo Jonh com o olhar, me preparando para uma briga. Tenho um spray no chão, há cerca de dois metros de mim, e ele tem um... que porra é essa?

Segura, firmemente, um pedaço de ferro na mão, parecido com um taco. Ele ia bater com aquilo na minha cabeça??

Aponto o taco em suas mãos, horrorizada. - MAS QUE PORRA É ESSA?! ONDE ESTÁ ANNA??

Sua expressão, antes assustada pela minha reação, agora assume um sorriso sombrio, ameaçador.

- Espere.. você.. bateu nela?? Com isso aí??!

Diante de sua falta de resposta, espero o pior.

- Eu juro!! Que se você bateu nela com isso, irei enfiar essa merda no seu cu!! Seu filho da puta!

Avanço sobre ele, que põe o taco em sua frente. - VOU MATÁ-LO!!

Mas quandi dou um passo à frente, me sinto ser agarrada por trás.

Mas que diabos..-

Alguém passa a mão sob meu rosto, colocando um pano com forte odor na minha boca. Seguro a respiração e me debato, mas depois de alguns segundos, sou vencida pelo instinto.

Sinto meu corpo inteiro amolecer.

O sono vem, e luto para manter meus olhos abertos.

Mas não consigo.

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Apressados, os dois encararam as duas garotas espremidas no banco de trás do carro.

Jonh se sentia nostálgico. Finalmente, estava acontecendo, agora era uma questão de tempo e paciêcia.

- Você. - a garota apontou acusadoramente para ele. - Avisei para evitar a violência se ela não fosse precisa.

- E foi. Você viu aquela merda de spray.

- Não.importa, eu tinha tudo sob controle. Nas duas situações. O que aconteceria se eu não tivesse lá com essa aqui? - ela pergunta, chutando a perna da garota de cabelos mais curtos, e vestida vulgarmente.

Ela se sentia irritada. Conseguiria pegar as duas sozinhas, mas ele tinha que se meter, com esse maldito graveto, e acertar as duas. O que aconteceria se o golpe fosse muito forte? Não entendia dessas coisas.

Bem, pelo menos com a última, conseguiu evitar a ira desse homem. Queria fazer as coisas direito, e ele não estava cooperando.

- Para de reclamar, você está aqui graças a mim, eu estou no comando. - ele se aborrece. - Agora entre na merda do carro, temos pressa.

Ela bufou, mas entrou no carro. Jonh assumiu o volante.

- E agora?

- Esperamos.