Oito anos depois
Thomas
- O quê? Ela é gostosa!!
Empurro Patrick de encontro à parede, batendo sua cabeça contra o cimento de propósito. Ele resmunga alguma coisa, mas logo me encara, assustado.
- Você é louco, Pat.
Ele põe as duas mãos no meu braço, mas não consegue movê-lo. Nem pode. Seus malditos braços são do tamanho dos dedos de Karen.
Aponto meu dedo, mirando no seu rosto, e empurro sua testa para que olhe diretamente nos meus olhos. - Retire o que disse.
Ele se enfurece. - O quê?? Mas ela é mesmo..-
Empurro-o mais forte contra a parede. - OKAY! OKAY!
Afrouxo o aperto do meu antebraço no seu pescoço.
- Jesus, Andy!!! Você não sabe brincar?! Era só uma brincadeira, seu idiota!
- Pra você é Thomas, seu desgraçado, agora retire o que disse sobre minha irmã.
Ele suspira, derrotado, e abre os braços em sinal de derrota. - Achei que estava feliz por ela estar vindo. Foi mal, cara, de verdade. Puta merda. - ele massageia seu pescoço. - Você ficou louco.
Solto um riso sarcástico. - Não, eu não fiquei. Você tem sorte, na verdade, de ter sido eu a ouvir toda a merda que acabou de sair da sua boca.
Penso em Jared. Isabella. A própria Anna. E Lucas. Sim, ele tem sorte de ter sido eu.
Pego minha mochila no chão, percebendo, tarde demais, que já existem muitas pessoas olhando. Como todos souberam que ela já estava vindo, se eu só soube hoje pela manhã?
Claro, estamos em Elizabethtown.
Começo a caminhar em direção à saída do estacionamento, meu carro em vista, e tento esfriar minha cabeça.
Claro que deve existir um motivo pra ela vir.
Fecho os olhos, pensando a mesma coisa que Patrick e metade da cidade, senão toda, pensou até agora. Acabo me irritando ainda mais quando lembro de suas palavras.
Ela só pode estar grávida! Ou infeliz. Todos diziam que essa garota odiava essa cidade!
Suspiro.
Anna não faltou em suas visitas, durante oito anos, sequer uma vez. No primeiro semestre, durante o pior período tanto para mim quanto para ela, chegavam cartões-postais toda semana. Fotos da neve em New Haven. De Bridgeport.
E então aconteceu: nos acomodamos.
Achei que, com o término da faculdade, ela voltaria para Elizabethtown, mas antes mesmo do início do último semestre, me convenci de que não. Anna é muito grande. Muito ambiciosa. Muito Anna para ficar nessa cidade.
Não significa que ela não voltaria, claro. Só.. não agora. Ela gosta de sua liberdade, e confesso: eu também.
Porque um dia eu também quero ver o que há além das florestas que circundam a cidade.
Começo a chegar na rua da minha casa. Lucas disse que chegariam por volta de duas da tarde, e já são quatro.
Por favor, não esteja grávida.
Abro os olhos.
Porque não quero que esteja grávida? Um dia isso vai acontecer, não? Um dia ela terá sua própria família.
Lembro do comentário aldacioso de Amanda Price.
Já pensou se ela estiver grávida? Se bem que já passou da idade, não? Ela já deveria estar casada, ao invés dessa relação com aquele garoto. Qual o nome dele? Lucas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O segundo amor de Annabelle Louis
Random"Pego-a pela cintura, assustando-a, e ela solta um gritinho, vindo para mais perto,me olhando com um sorriso travesso no rosto. Abaixo minha cabeça e encontro meus lábios nos dela. Ela fica na ponta dos pés e põe os braços ao redor do meu pescoço, e...