Capítulo 31

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Isabella

( Não, você não leu errado)

- Você é um filho da puta, Michael. - digo para o garoto parado na minha frente.

- Cala a boca Mayor, ninguém quer saber sua opinião.

- Você vai pagar por isso. - digo, já indo na direção do garoto que tem uns 20 centímetros a mais que eu.

Mas então aquele idiota segura meus ombros somente com um braço, e eu fico me debatendo ali, enquanto ele encara Michael, olho a olho. O que eu não posso fazer, é claro.

- Então você é o babaca. E eu pensando que foi exagero do Lucas.

- E pela aparência, você deve ser da família daquele imbecil.

Jared estreita os olhos. Me debato mais ainda, mas ninguém parece notar ou se importar com a minha ameaça. Jared continua me segurando com apenas o braço em volta do meu ombro.

- Eu já disse para irem embora. - diz o loiro que está do lado de Michael. - Não queremos confusão por aqui.

- Ah, cala a boca Gabe. Você não é porra nenhuma aqui. Cadê o Jonas? - pergunto, e todos finalmente parecem me notar. Não que isso tenha mudado alguma coisa.

- Nós já estávamos de saída. - Jared diz, com um sorriso sínico no rosto. - A festa nem estava lá essas coisas mesmo.

E então sai praticamente me carregando dali. Passamos por Michael no caminho, e ele sorri, despreocupado, perto do rosto do garoto. - E não me olhe assim, Volper.

E então vamos embora no meio daquela chuva torrencial, e vamos porque ele vai, e praticamente me carrega, enquanto a única coisa que quero fazer é voltar para a casa e espancar Michael Volper.

- Dá pra parar de se debater?! - ele exclama. - Esqueça isso, você nunca vai conseguir bater no garoto!

- Não custa tentar! - reclamo. - E você também não está fazendo nada! Você pode bater nele! - digo, esperançosa.

- Nâo vou bater em um colegial. - ele conclui, me jogando no banco passageiro de um carro preto, que suponho ser seu. Então me encara. - Não é comigo.

Ele fecha a porta, e, segundos depois, já está do meu lado. Apoia o braço direito no meu banco para manobrar o carro, e logo estamos saindo no estacionamento.

- Eu vim com Anna. Não posso deixa-la sozinha aqui.

Um sorrisinho de forma em seu rosto, e vejo uma covinha se formando em sua bochecha. Por um momento, me perco naquele detalhe, até que ele responde:

- Ela não está sozinha.

Pisco. - E como você sabe que ela está indo com Lucas para casa? - falo com deboche.

- Eu apenas sei. E ele é meu irmão.

Reviro os olhos, olhando para os pingos que caem no vidro, e cruzo minhas pernas no banco. O short azul não é o bastante para ne proteger do frio da chuva.

- Não sei por quê usar esses shorts nesse tempo. Vocês são masoquistas. - diz, ao mesmo tempo em que pega um cobertor por ali e joga-o em mim.

- Pra sua opinião, estava um tempo muito bom quando eu saí de casa. - me defendo. - Com pássaros cantando e tal.

- E você não sentiu a brisa? Ela estava forte! Era óbvio que ia chover!

- Me desculpe. Eu não calculo se irão ter chuvas pela brisa, e sim pelo céu.

O segundo amor de Annabelle LouisOnde histórias criam vida. Descubra agora