Annabelle
Um risinho brota em meus lábios.
- E por que eu iria querer namorar você? - finjo desdenho.
Ele me lança um sorriso safado, e aperta sua mão na minha cintura. Aproxima seu nariz do meu pescoço e passa até minha orelha, pelando quente. Fecho os olhos saboreando a sensação de formigamento.
- Por que você gosta de mim. - ele diz na minha orelha, me causando calafrios. - E então, namora comigo?
- Só com algumas condições.
Ele se ergue para me encarar. - Não sabia que existiam condições para se namorar. - brinca.
- Bem, para mim existem. E o que você sabe sobre namoros?
Ele pensa um pouco. - É verdade. Okay, e quais são elas?
Passo os dedos sobre seus braços, apertando seus bíceps. - Você vai ter que fazer algumas coisas por mim. Prometer, na verdade. - brinco.
Ele revira os olhos, sorrindo. - Vamos lá, fale.
Penso um pouco, e falo a primeira coisa que vem á minha cabeça.
- Vai me ensinar a dirigir?
Ele gargalha. - Sim.
- Vai me ajudar em física e matemática?
- Com certeza, por mais que eu ache que não precisa.
- Cala a boca. Me deixe pensar. - digo passando aos mãos, desta vez, pelo seu pescoço. - Humm... vai comer minha comida e me elogiar, mesmo ela estando uma merda?
- Não. - ele sorri.
- Posso viver com isso. - digo. - Vai pelo menos tentar ver os filmes que eu gosto? Tipo Sociedade dos poetas mortos?
- Sim. - ele diz e me dá um selinho nos lábios.
- Ei! - faço minha melhor expressão indignada, mas sorrindo. - Ainda não disse todas as condições para namorarmos!
Ele se distancia, a expressão divertida no rosto.
- Continue, estou curioso.
Dessa vez, o encaro séria. - Vai amar meu irmão como se ele fosse o seu próprio?
- Eu já amo.
- Vai confiar em mim para tudo, e esperar que eu explique alguma coisa antes de sair esmurrando todo mundo?
- Vou tentar.
- Vai me abraçar quando tudo estiver ruim, e me fazer rir nos piores momentos possíveis, e me amar mesmo que eu não consiga dirigir direito, ou aprender física e matemática, ou a minha comida estando horrível? - digo, já sentindo os olhos arderem.
Ele beija meus olhos, um por um. - Vou, eu prometo.
Ficamos ali, nos olhando, absorvendo cada detalhe um do outro, até que eu digo, sorrindo:
- Okay, acho que podemos ser namorados.
Ele ergue os olhos para cima. - Obrigado Senhor. - brinca.
Sorrio, e ele se volta para mim. -Por que parece que eu acabei de citar alguns tipos de votos de casamento?
Gargalho. - Não seja tão dramático.
- Okay. - ele diz, seu rosto bem próximo do meu. - Eu prometi várias coisas. Agora é a sua vez.
Estreito os olhos, mas aceno, incentivando-o a continuar.
- Você vai ter que permanecer sempre desse jeito. Inteligente, mandona, cínica e tudo o mais. Não me deixe, nunca, mudar você.
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O segundo amor de Annabelle Louis
Overig"Pego-a pela cintura, assustando-a, e ela solta um gritinho, vindo para mais perto,me olhando com um sorriso travesso no rosto. Abaixo minha cabeça e encontro meus lábios nos dela. Ela fica na ponta dos pés e põe os braços ao redor do meu pescoço, e...