Isabella
Don't walk away from me. I have nothing. Nothing. Nothing. If I don't have you.
Fecho os olhos, saboreando a linda voz de Houston. Isso sim, é música.
Alguém bate na porta do carro. Tomo um susto. - Que merda!
Jared sacode um pacote de porcarias diversas na mão ao mesmo tempo em que me manda destrancar as portas, e assim que o faço, me expulsa do banco do motorista.
- O que você trouxe? - abro a sacola curiosa.
- Batatas, frango grelhado e alguma coisa gelada.
Abro a sacola. Sorvete de doce de leite. Eca.
Ele percebe minha expressão. - Não gosta?
Sacudo minha cabeça. E ele faz uma careta. - Bem, sei que gosta de chocolate, não é quase a mesma coisa?
- O quê??! Não!
Suas sobrancelhas se erguem. - Bem, você diz que gosta de sorvete, e aí está um sorvete. Se não gosta desse sorvete, então não gosta de sorvete.
Nunca me senti tão indignada em saber que estou errada.
Coloco o sorvete de volta na sacola. - Bela maneira de começar o encontro. Onde vamos?
Ele pensa um pouco. - Cinema.
Faço uma pequena careta. O pequeno shopping de Elizabethtown não é bem meu lugar preferido para encontros.
- O quê? Vai me dizer que não há shopping aqui??
Bato em seu braço. - Ei! Estamos em uma cidade pequena, mas acredite, não somos tão isolados assim!
Ele bufa. - Você não quer ir ao shopping.
Me remexo no banco do passageiro. - Aquilo é um lixo.
- Então, onde quer ir?
Suspiro. - Que tal um parque?
- E o que iremos fazer em um parque?
Levanto a comida em minhas mãos. - Não me leve a mau, mas cinema é muito manjado. A não ser que eu escolha o filme, e duvido que você queira ver alguma coisa que não seja terror.
Ele dá partida no carro. - Não acredito que passei a perna no meu irmão para ir ao parque.
Sorrio. - Passou a perna no seu irmão para ir ao parque comigo.
Não tive muito trabalho para convencê-lo a me levar para sair, por mais humilhante que isso seja. Lucas determinou que evitássemos sair á toa por isso enquanto seu pai vagabundo vaga pelos quatro quantos da cidade, mas, me julgue mundo, acho muita paranóia.
Convencer Jared não foi muito difícil, desconfio que na verdade, ele esperava por isso. Afinal, não poder sair de casa deve ser mesmo um horror.
Ele para em frente à pequena Praça das Folhas. Nome engraçado, na verdade. Alguns dizem que a praça é mal assombrada. Mas quem acredita nesse tipo de coisas?
- Cara... esse lugar me dá arrepios.
Gargalho alto. Encontrei alguém.
Descemos do carro e sentamos na grama da parte esquerda da praça, onde há mais árvores. Algumas pessoas caminham em círculos ao redor do lugar, suas crianças de patins firmemente seguras em capacetes e joelheiras.
No centro da praça, se encontra a estátua. Um anjo de cerca de três metros de altura, usando uma armadura e com uma espada na mão esquerda apontada para frente, em posição de luta, é o principal motivo de acharem a praça aterrorizante.
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O segundo amor de Annabelle Louis
Aléatoire"Pego-a pela cintura, assustando-a, e ela solta um gritinho, vindo para mais perto,me olhando com um sorriso travesso no rosto. Abaixo minha cabeça e encontro meus lábios nos dela. Ela fica na ponta dos pés e põe os braços ao redor do meu pescoço, e...