Capítulo 12

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Penso em mil coisas que poderiam ter acontecido para que Evangeline viesse falar comigo.

O mundo poderia estar acabando, e ela precisava de um cérebro que funcionasse. Ou ela poderia querer deixar tudo entre nós em pratos limpos...

Mas então lembro que ela me acusou de ter feito alguma coisa, e penso em mil coisas que eu poderia ter feito para que Evangeline viesse falar comigo.

Não me lembro nem de tê-la olhado direito nos últimos dias.

- Não faça essa cara de desentendida. - me diz com voz de nojo. - Sabe muito bem sobre o que estou falando.

Sei?

Então começo a ferver por dentro. A garota me dá uma facada nas costas e ainda por cima vem pra cima de mim me acusando de alguma coisa que nem lembro de ter feito.

- Acredite, - começo. - nem sei do que você está falando. Não fiz nada de errado, e se tivesse feito, já teria me redimido. Ao contrário de certas pessoas, assumo meus erros e os corrijo.

Ela dá uma risada sarcástica, e eu estreito meus olhos. Não vou ficar aqui ouvindo desaforos dessa vadia.

Começo a caminhar em direção à saída quando ela para na minha frente, bloqueando o caminho.

- Ah não, você não vai fugir tão fácil. Quero saber o que falou para o Lucas para que ele parasse de ficar comigo!

Eu fico paralisada. Ela é louca??

- Saia da minha frente, sua louca. Eu não te devo satisfação da minha vida, se quiser o porque dele te deixar, pergunte à ele.

Ela fica vermelha de raiva, mas não se mexe. Reviro meus olhos e dou a volta por ela, até que a maluca me pega pelo braço.

- Eu sei que você falou alguma coisa! Hannah disse que viu você, ele e aquela vadiazinha da sua amiga na biblioteca! Por que logo depois disso ele não ficou com mais ninguém?! O que você disse??

Quem é Hannah?

Lembro muito bem o que eu disse: para ele respeita-las. Mas não estou disposta à responder qualquer coisa depois que ela insultou Isabella.

Estreito meus olhos e arranco meu braço da sua mão, vendo os pequenos arranhões que suas garras deixaram na minha pele.

- Não me toque novamente, não depois de tudo o que aconteceu. Como eu disse, não te devo nada, pergunte à ele. E se insultar Isabella novamente, não respondo por mim quando quebrar suas duas pernas. - lhe dou as costas e estou quase na porta quando ela fala:

- Então é por isso? Por vingança? - ela grita, e eu me viro, vendo vermelho. - A culpa não foi minha, Anna. - diz meu apelido de maneira enjoativa. - Foi toda sua. Você não deu ao Michael o que ele queria, e ele foi buscar em outra pessoa, querida.

Eu fico boquiaberta. Sempre soube que ela não prestava, mas não nesse nível.

- E você deu de muito bom gosto não é? - respondo sarcasticamente. - Você me deu as costas para ficar com um babaca. E onde ele está agora? - brinco. - Você não passou de um passatempo para ele, e agora está sozinha.

Ela estreita seus olhos para mim, e levanta a mão. Quando está prestes a me dar um tapa, seguro seu braço no ato.

- Admita Evangeline - falo a centímetros do seu rosto. - Você estava com inveja. - solto tudo o que guardei durante todos esses meses. - Inveja porque eu sempre fui melhor que você. Meu namorado. Minha família. Que droga, até minhas notas.

O segundo amor de Annabelle LouisOnde histórias criam vida. Descubra agora