🦄 Cap 14 🐴

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Escrita com
Carolleite26 🔥🌶️❤️

Severiano: Isso nunca - dei um murro na mesa - de forma alguma minha filha se casa com um simples peão, nem que eu tenha que arrancar esse bebê - estava tão furioso - pode sair das minhas terras, e ter a certeza que mandarei Cristina para bem longe.

Estava tão furioso. Como Cristina pôde fazer isso? Se envolver com esse peão morto de fome, que somente se interessa pelo dinheiro dessa família, e pior, ficar grávida. Garanto que está fazendo isso para me irritar, para se vingar do que fiz a sua mãe, mas isso não vai ficar assim, não mesmo. Se ela acha que pode rir da minha cara está muito enganada.

Diego: O Sr não pode fazer isso, não tem esse direito, a Cristina não é a sua propriedade... ela é minha mulher... minha - lhe enfrentei com raiva - eu não vou permitir que tire o nosso filho, tão pouco me afastar dela, isso nunca.

Severiano: Você é quem mesmo? Lembrei, um peão morto de fome que não tem onde cair morto - falei irônico - Enquanto ela viver sob o meu teto, comer da minha comida, pode ter a certeza que vai obedecer às minhas ordens - apontei o dedo em seu rosto - Ou acha mesmo que na família Álvarez entra qualquer um?

Diego: Eu? Eu sou o homem da sua filha, o pai do seu neto... dinheiro não é nada... nada... ou o Sr prefere que a sua filha fique falada na cidade? Qualquer um não, meça as suas palavras ao falar sobre mim - gritei com raiva, já estava farto de toda aquela arrogância dele.

Estava indo para o jardim quando ouvi os gritos do Diego no escritório do meu pai. Me aproximei rapidamente vendo os dois bem alterados.

Cristina: O que faz aqui Diego? O quê? - lhe empurrei com força - vá embora de uma vez por todas... não quero te ver aqui.

Severino: Até quando vai mentir Cristina, desde quando está gravida desse morto de fome? E nem pense que vai casar com esse sujeito, somente por cima do meu cadáver, isso porque achei que havia mudado, deixado de ser a garotinha rebelde.

Parei bem naquele momento ao ouvir o que ele falou. Como ele foi capaz de inventar algo dessa magnitude? Como?

Cristina: Grávida? Eu não estou grávida papai, isso é conversa do Diego, prefere acreditar nele? É isso?

Diego: Meu amor - segurei firme em sua mão - chega de mentiras, o seu pai não vai mais nos separar... vamos nos casar e cuidar do nosso pequeno filho - sorri largamente.

Cristina: Está louco Diego, louco - puxei minha mão da sua e me afastei indo até o meu pai - pai...

Severiano: Chega de mentiras Cristina, está aqui o seu exame, vai negar? -falei sério - você se casa Cristina, casa com um bom partido, que vai dar a mesma vida que leva nessa casa, mas com esse sujeito nunca.

Cristina: Eu te odeio Diego... te odeio - lhe empurrei com raiva e saí dali indo para o meu quarto.

Diego: Eu não vou permitir que faça isso, Cristina e esse bebê são meus - bati com raiva na mesa e saí de seu escritório.

Aquele idiota me saiu melhor que a encomenda. Consegui me livrar dele, mas a troco de quê? De um maldito casamento arranjado. Precisava dar um jeito de me livrar desse babaca o mais rápido possível. Iria me casar, mas logo seria viúva. Era isso, a paz que eu precisava e teria. Sorri me olhando no espelho.

Foi um alívio quando me vi sozinho no escritório, desabei na cadeira, minha cabeça estava explodindo de dor. Fechei meus olhos e respirei profundamente tentando acalmar meu coração, sentia meu corpo todo formigar, já não sou tão jovem para ficar recebendo desgosto dessa maneira. Esperei o mau estar passar, abri a gaveta da escrivaninha, tirei o copo e a garrafa de whisky. A primeira dose desceu rasgando, mas as outras conseguiram me relaxar. Peguei a agenda e comecei a ligar para uns conhecidos, precisava arrumar logo o casamento da Cristina, antes que sua barriga começasse a crescer. Mas o engraçado é que no fundo estou feliz de ter um netinho, vai ser bom ter uma criança correndo pela casa.

Será um Furacão? - Cristina y Frederico (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora