🦄 Cap 66 🐴

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Escrita com
Carolleite26 ❤️✨

Consuêlo: O que faço? Do que precisa? – respirei fundo secando minhas lágrimas, precisava ser forte para minha filha.

Marcelo: Que se acalme... tome um pouco de água e respire fundo - sorri vendo a Cris acordar.

Cristina: Fred... Fred...- murmurei baixinho.

Consuêlo: Não quero água – respirei fundo - ela está chamando o Fred, é melhor ir atrás dele, não acha?

Marcelo: Não... deixe ela se acalmar - a olhei e virei rapidamente para Cristina - calma meu anjo, está tudo bem... como se sente? - acariciava sua mão com carinho.

Cristina: Péssima - apertei os meus olhos e já senti as lágrimas ali, se fazerem presentes.

Vi ela abrir os olhos e as grossas lágrimas escorrerem por seu rosto.

Marcelo: Está tudo bem Cris - segurei sua mão em uma carícia - quer conversar comigo? Me contar o que está te afligindo?

Cristina: Eu... eu sou uma pessoa horrível - fechei os meus olhos e logo os abri sem lhe olhar.

Marcelo: Não Cris... você não é... não diga isso - sequei o seu rosto e olhei para Consuêlo como se estivesse lhe pedindo para nos deixar a sós... ela entendeu e saiu do quarto sem falar nada - estamos sozinhos... conversa comigo, eu te prometo que daqui não sairá nada - falei calmamente... sentia sua aflição e o quanto isso estava lhe fazendo mau... gostava da Cris como uma filha e era isso que ela significava para mim... com o tempo nos afeiçoamos um ao outro, o sentimento era totalmente recíproco entre nós dois.

Marcelo: Pode confiar em mim.

Cristina: Eu... eu causei a morte do meu pai...- fechei os meus olhos e chorei... chorei como nunca havia feito antes... chorei sentindo todo o peso daquelas palavras serem pronunciadas por mim... chorei sentindo aquele buraco se alargar ainda mais... chorei pela primeira vez na vida me sentindo culpada.

Marcelo: Meu anjo, seu pai sofreu um ataque cardíaco, não foi sua culpa – sentei ao seu lado, passei meu braço em seu ombro a confortando – pelo que soube seu pai não gostava de médicos e nem hospitais, não tinha como você prever quando isso ocorreria, não estava em seu poder.

Cristina: Ele... ele estava bem... mas nós começamos a discutir... ele me disse coisas horríveis e eu também lhe disse... estava tão magoada com as coisas que ele me falou... com a forma que sempre me tratou... todo o seu desprezo... tudo me enfureceu e eu acabei provocando isso - fechei os meus olhos chorando - ele me pediu ajuda... pediu... mas... mas eu não lhe ajudei... fiquei vendo ele morrer e... e não fiz nada... nada... as coisas horríveis que ele me falou... o que ele fez com a minha mãe...- solucei e me encolhi na cama - eu... eu precisava fazer alguma coisa... lhe parar de alguma forma.

Marcelo: Ele aparentava estar bem, seu coração estava muito debilitado, qualquer coisa faria ele sofrer um ataque, até mesmo um susto – falei calmo, queria que ela entendesse que não tinha culpa - Cris, todo filho discute com os pais, temos aqueles que discutem todos os dias, querem resolver no mesmo instante a situação que os incomodou, mas você minha filha foi guardando muitas coisas, e chegou um momento que explodiu, todos nós fazemos isso em um momento, infelizmente houve essa fatalidade, consegue me entender – a abracei – não é sua culpa que seu pai não cuidou dele mesmo, não foi sua culpa ele ter falecido.

Cristina: Você... você realmente acha que foi uma fatalidade? - fechei os meus olhos sentindo o seu abraço - só você me entende Marcelo... só você... eu não tive um pai... nunca soube o que era ter uma figura paterna... até que você chegou aqui... cuidou da minha mãe e... e de certa forma está cuidando de mim... tem... tem me ensinado como seria se ele tivesse cuidado de mim... me amado como uma filha e não me desprezado - sussurrei chorando.

Será um Furacão? - Cristina y Frederico (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora