Será um Furacão? - Cristina y Frederico (Concluído)

🦄 Cap 65 🐴

Escrita com
Carolleite26 ❤️✨

Consuêlo: Então não foi pesadelo? Eu fugi, eu... eu abri um buraco no meio da noite, é ainda muito confuso, tinha um corpo, o que fez?

Cristina: Não... não foi um pesadelo... a Sra não fugiu, não como pensa...- respirei fundo e toquei a minha barriga - o corpo era o da Lúcia... ela estava morta e eu estava parada ali, olhando o corpo sem vida dela boiando na piscina.

Consuêlo: Eu a matei? - falei horrorizada, levando minha mão a boca - você me viu fazer isso? Por que não me impediu? Eu matei uma pessoa inocente? - já podia sentir as lágrimas descerem pelo meu rosto.

Cristina: Não mãe, não foi a Sra - fiquei em sua frente e lhe abracei apertado - a Sra não fez nada... fui eu... eu matei a Lúcia - falei baixo e me afastei um pouco dela - eu não podia permitir que ela te causasse ainda mais danos do que tinha causado - chorei - ela tirou a vida do meu irmão e logo a sua vontade de viver... minha vida perdeu o sentido quando te vi daquela forma... era tudo o que eu tinha e de repente tudo acabou... tudo...- coloquei a mão no rosto chorando.

Consuêlo: Agora as lembranças estão se encaixando, lembro de sair do quarto para te procurar, vi você tentando tirar a Lúcia da piscina, eu te ajudei a arrastar e a enterrar aquela mulher, meu Deus, ela... ela... ela estava grávida? - não podia acreditar que era tudo real, fechei meus olhos, respirei fundo, queria que isso tudo fosse um pesadelo - minha filha, o que foi que eu fiz com você? - voltei a apertá-la em meus braços - deveria ter me separado do seu pai, nada disso teria acontecido, eu fiz tanto mal a você, deveríamos ter ido embora daqui.

Cristina: Não mãe, por Deus não se culpe - apertei ela em meus braços - ela... ela foi a única culpada de tudo... ela e aquele homem... eles nos fizeram muito mau... muito - fechei os meus olhos e chorei deixando toda a dor que ali estava sair - ela estava grávida... o que ela fez com a Sra e com o meu irmão não tinha perdão... ela pagou com a vida... uma pela outra - falei com ódio - eu... eu fiz tudo e quando ela estava sem vida tentei tirar o corpo, precisava esconder para que ninguém soubesse... mas... mas a Sra chegou... e me ajudou... me perdoa mãe... eu não queria te fazer reviver nada disso...- solucei sofrida.

Consuêlo: Sim, eles nos fizeram muito mal, mas não era motivo para tirar a vida de um bebê inocente - sequei suas lágrimas - me perdoe que tenha tido que passar por tudo isso sozinha, que no momento que mais precisava eu não estava, eu deveria ter sido mais forte para cuidar de você, te proteger do seu pai e dessa mulher e não deixar que minha menininha tivesse que fazer isso, me perdoe meu amor.

Cristina: Eles tiveram o que mereceram... os dois - a olhei séria - não mãe, eu não tenho que te perdoar por nada... nada, me ouviu? A vida foi dura, mas eu consegui sobreviver aos meus piores dias e no final de cada um era ao seu lado que eu chorava - voltei a lhe abraçar apertado.

Consuêlo: Os dois? Meu amor se fala do seu pai foi uma fatalidade, não se sinta responsável por ele, agora podemos ser livres, nós mesmas sem as regras, imposições dele, podemos ser felizes com nossos amores.

Cristina: Não... não foi mãe...- a olhei e me afastei um pouco - eu... eu causei o infarto que ele teve... quando lhe contei o que fiz com a amante sórdida e o bastardo dele.

Consuêlo: Não, Cristina, você não fez isso, por que? - me desesperei, não podia acreditar que minha filha matou o próprio pai, Severiano me fez muito mal, com seu maltrato, com seu machismo, que nunca me amou como merecia, além de suas amantes, mas saber que minha filha havia o matado era o pior, sentia que havia falhado, mesmo com Lúcia que fez a minha vida um inferno.