Será um Furacão? - Cristina y Frederico (Concluído)

🦄 Cap 55 🐴

Escrita com
Carolleite26 ❤️✨

Frederico: Não fica triste, nossa bebê sente tudo - toquei seu ventre - eu vou te ajudar, assim você pode ir sozinha ao jardim.

Cristina: É impossível não ficar triste Fred - suspirei - estou completamente dependente de todos... até pra ir no banheiro eu preciso de você.

Frederico: É temporário meu amor - me ajoelhei ficando em frente ao seu ventre - princesinha do papai fala para a mamãe que logo ela estará enxergando, correndo atrás do papai para brigar - ri - ela vai ver você na telinha, vai poder ver seu rostinho, contar seus dedinhos, fala que quer ela sorrindo.

Cristina: Quanto mais isso vai durar? - suspirei triste - não meu amor... eu não posso te ver... só posso te sentir - toquei a mão dele que estava em meu ventre.

Frederico: Vamos dar esse passeio, não quero ver você assim, todo dia trancada nesse quarto, por favor.

Cristina: Eu não quero - respirei fundo - mas sei que você não vai me deixar em paz enquanto não for... vamos de uma vez... você passeia com a ceguinha e depois deixa ela no quarto.

Frederico: Sabe muito bem que não gosto quando fala assim - falei sério, ajudei a se levantar e saímos do quarto - estamos no corredor, daqui até a escada são oito passos, vou ficar atrás de você para que não se machuque, ande devagar e se tiver algo a sua frente eu irei avisar.

Cristina: Essa é a verdade Frederico... eu sou a cega... o cachorrinho e você é o dono... todos os dias me levando para passear... tomar um solzinho - ergui minhas mãos e lentamente fui andando por ali... vez ou outra tropeçava em algo e esbravejava aos quatro cantos a minha indignação.

Frederico: Não é para sempre, cuidado, já está perto da escada - segurei sua mão - vamos descer as escadas - já estávamos nos últimos degraus quando Cris perdeu o equilíbrio e escorregou - meu amor se machucou? Consegue levantar? - falei nervoso - deixe te ajudar, eu sinto muito.

Fazia dias que não via Cristina, desde que o pangaré saiu do hospital, então decidi visitá-la em sua casa, não me importava que ele estivesse lá. Cristina precisava de mim, com certeza aquele ogro não saberia como cuidá-la, no caminho passei e comprei flores, queria tudo perfeito. Parei o carro na entrada da casa, não havia ninguém ali, mas como a porta estava aberta entrei, aquele ogro havia derrubado Cristina da escada, imediatamente me aproximei o afastando dela.

Ângelo: Saia daqui Frederico - falei bravo - Cris, deixa te ajudar a levantar.

Estava confiante de que o Frederico não me deixaria cair, de que ele estaria lá para me segurar quando eu não conseguisse mais. Mas foi inevitável não ir ao chão. Naquele momento tropecei, sentindo o meu tornozelo machucar e no mesmo momento caí sentada no chão.

Cristina: Saí Frederico... saí daqui... me deixa sozinha - puxei minha mão da sua e chorei - isso é culpa sua... apenas sua... deveria me deixar sozinha.

Frederico: Eu sinto muito - tentei me aproximar, mas o Ângelo me impediu - saia da minha frente, quero falar com a minha mulher.

Ângelo: Não... eu não vou sair, não deixarei a Cris desse jeito... fica calma, estou aqui - lhe abracei apertado sentindo ela se segurar em mim e logo as lágrimas saírem - vamos para o sofá - segurei ela firme em meus braços e a levei para o sofá - onde dói? Me fala.

Cristina: Meu pé... dói muito - chorei sofrida - esse maldito inferno nunca vai acabar... nunca... aaaaaaaaah...- gritei chorando.

Frederico: Meu amor deixa te levar para o nosso quarto para eu cuidar de você.