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ÂNGELA
17, junho 1997

Era tudo muito confuso. A morte do seu irmão de criação ainda era um acontecimento recente pra ela, assim como a depressão em decorrência de tudo. A incerteza era o que mais prevalecia e Ângela não conseguiu esconder isso quando Coppola resolveu ligar.

— Por favor, pai... Não faz isso comigo, por favor... - dizia ela chorando, tentando fazer com que o coração de pedra ao outro lado da linha se comovesse.

— Você causou isso, Ângela. Se você não tivesse aparecido na hora errada seria diferente. Você só ficaria sabendo depois que acontecesse. Não tente voltar pra cá ou avisá-lo, ou então você morre junto. Ah e, falando em morte: a minha mulher morreu. Você sabe, a mãe do meu filho.

Os Solitários de 1997Onde histórias criam vida. Descubra agora