Capítulo 5 | Sonho Lúcido

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O dia passou em uma névoa de preocupação e choque para Harry. Ele passou a maior parte do tempo tentando entender o fato de que ele era, em essência, um semideus, e o resto tentando evitar que suas asas esbarrassem nas pessoas ou atrapalhassem. Hermione já estava pesquisando maneiras de torná-los menos incômodos e constantemente tinha o nariz enfiado neste livro ou em outro, até durante as refeições.

Snape continuou olhando para eles, sem dúvida desconfiado de seu comportamento em estado de choque. Harry informou a seus amigos para não fazer contato visual com ele e fazer todo o possível para pensar em outras coisas quando ele estivesse por perto. Dumbledore também.

Ginny passou a maior parte do dia fungando. O que Harry viu dela de qualquer maneira. Ela estava claramente tentando evitá-lo, e Harry permitiu o máximo possível.

Ainda assim, eles tinham que alertá-la sobre o perigo.

Depois de um jantar farto, evitando os olhares astutos demais de Snape e do diretor, Hermione puxou Ginny de lado e a levou para a Sala com os meninos ficando para trás.

"Ginny, me desculpe por fazer isso," disse Hermione. "Eu sei que você está sofrendo. Eu só... precisamos que você prometa não contar a ninguém sobre Harry. Seja sua sexualidade ou sua raça."

Gina olhou pela janela. "Não é realmente da minha conta agora, é?"

Hermione suspirou. "Sinto muito, Ginny. É que Harry tem apenas uma fraqueza: seu companheiro. Se o lado errado descobrir que ele é um guarda-sol ou quem é seu companheiro, eles não precisam mais matar Harry. Tudo o que eles têm que fazer fazer é matar seu companheiro, e Harry morre."

Gina se encolheu. "Então é como o segredo sobre suas visões ou a profecia. Uma palavra para a pessoa errada..."

"E estamos todos fodidos", disse Ron, "Harry acima de tudo."

Ginny deu a Harry um olhar triste e ansioso que fez seu peito doer e sua barriga se contorcer. "Tudo bem. Talvez eu não possa ter você, Harry, mas eu ainda... me importo. Eu não quero ver você se machucar."

As asas de Harry caíram e ele baixou a cabeça. "Sinto muito, Gina. Eu não sabia."

Ela apertou a mão dele. "Não é sua culpa. Apenas, se seu companheiro te tratar mal, me diga para que eu possa colocar o pior bicho-papão de todos os tempos no bastardo."

Harry bufou. "Sim, ok. Mas... espera."

Chorando a pedido. Bem, ele teve que aprender eventualmente, certo?

Ele pensou na dor de Ginny, em seu coração partido, mas, mais uma vez, foi o olhar assombrado nos olhos de Snape que o fez chorar.

Merlim, por quê ? De todas as pessoas a serem quebradas....

Harry o empurrou para o lado. Se funcionou, ele realmente não deveria reclamar.

Ainda assim... por que Snape olhou para ele daquele jeito? O pensamento de quais segredos obscuros o homem poderia estar escondendo deixou o estômago de Harry em nós.

Ele tirou uma lágrima de sua bochecha e a deixou cair na cabeça de uma confusa Ginny. "Eles curam. Um pouco, pelo menos."

Ela caiu e esfregou o peito. "Merlin. Isso é muito melhor. Você poderia engarrafar essa coisa e fazer uma fortuna."

Harry bufou. "A oferta é um pouco limitada."

"Então carregue o dobro."

"Você tem falado com os gêmeos, não é?"

Ela riu, embora faltasse verdadeira alegria. Suas lágrimas ajudaram, mas não conseguiram selar a ferida em seu coração.

"Você vai ficar bem, Gina?"

Tudo para Cinzas - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora