Capítulo 12

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Mantenho meu olhar em Riven, que arranca o moletom do seu corpo molhado, as gotículas de água escorrem em sua pele exposta e algo estranho acontece, meu coração palpita tão forte que temo que nem mesmo as bandas de rock poderiam acompanhá-lo no mo...

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Mantenho meu olhar em Riven, que arranca o moletom do seu corpo molhado, as gotículas de água escorrem em sua pele exposta e algo estranho acontece, meu coração palpita tão forte que temo que nem mesmo as bandas de rock poderiam acompanhá-lo no momento.

A camisa preta se repuxa em seus músculos toda vez que ele se move, colada em seu corpo como se fosse sua segunda pele e eu nunca pensei que poderia achar isso sexy. Ou melhor, ele.

Nunca havia parado para reparar em Riven, para mim, ele sempre teve o ego maior do que podia de fato aguentar, e isso me irritava algumas vezes. Ele literalmente não pensa em mais ninguém que não seja Giana, sua família, e seus dois únicos amigos, Michael e meu irmão, David.

Ele nunca fora grosso com nenhuma de nós, é claro, mas eu sempre percebi as suas prioridades. E não havia porquê achar ruim, quando ele também não era uma das minhas. Mas há algo nele que eu jamais tinha notado, como a forma como ele é bonito, extremamente bonito.

Homens fortes e cheios de músculos nunca fora o meu gosto, eu sempre me interessei pelos meio termos porque os acho bonitos, mas assistindo Riven se mover com tanta confiança e a forma como seus olhos parecem ameaçadores me fazem repensar por alguns segundos se eu de fato sei do que eu gosto.

Eu jamais o vi assim, tão ameaçador e cruel com suas palavras. Ele sempre se mostrou ser um garoto tão infantil e que fala merda que não passou pela minha cabeça que ele pudesse ser tão assustador como fora minutos atrás.

Ele é um lutador, isso é fato. Mas seu lado agressivo é usado no ringue porque ele precisa disso. O que foi visto por mim foi totalmente diferente do homem do ringue, do homem que ele se mostra até mesmo para a sua família.

E eu estranhamente gosto disso.

Me pergunto como alguém pode continuar bonito mesmo estando molhado assim. Porque eu com certeza estou com a aparência de um gato molhado.

— Acho melhor ficarmos aqui até a chuva passar um pouco, estou de moto e as ruas estão lisas – ele diz, sua voz é tão rouca e grave que faz a minha pele arrepiar. Ele arqueia uma sobrancelha para mim e só então percebo que estou o encarando como uma desmiolada.

Pisco duas vezes, saindo totalmente do meu transe e me viro, mexendo em minha mochila, querendo esconder o rubor em minhas bochechas e a minha aparência nada agradável agora.

— Tudo bem para você? – ele insiste, e eu apenas balanço a cabeça em confirmação, me lançando praguejos baixos por estar de repente tão mexida com a presença dele depois de tantos anos e, por uma grande coincidência, ter preferido vir de pé até o parque para dissipar a mente e não com minha bicicleta.

— Você quer, por gentileza, dizer alguma coisa?

Eu solto uma lufada de ar, que sai mais como um resmungo baixo e me viro, encarando os olhos azuis cobalto e gélidos que se seguram nos meus. O ar falta em meus pulmões e abro a boca tentando respirar quando Riven abaixa seu olhar para os meus seios, deixando-me ainda mais nervosa.

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