Capítulo 28

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A música lenta e melancólica toca em meus ouvidos pelo fone de ouvido enquanto eu corro nas ruas do condomínio onde eu moro em alta velocidade, não me dando tempo para respirar e parar para descansar, a brisa fria da noite entra em contato com min...

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A música lenta e melancólica toca em meus ouvidos pelo fone de ouvido enquanto eu corro nas ruas do condomínio onde eu moro em alta velocidade, não me dando tempo para respirar e parar para descansar, a brisa fria da noite entra em contato com minha pele quente, fazendo-me arrepiar, mas isso não me impediria, porque se eu o fizer, isso significa pensar no elefante que está me rodeando há meses, me causando uma dor aguda no peito e tirando meu sono, minha luz e minha felicidade.

As coisas entre mim e Estella mudaram, não somos mais como o casal de antes e eu me culpo todos os dias por isso. Desde a nossa última briga mal resolvida na boate, em que ela me pegou no flagra com os caras, não somos mais os mesmos. Mas eu sabia, eu apenas sabia naquela noite, na forma em que descontamos a raiva em um sexo áspero e palavras feias um para o outro, que algo entre nós havia se rompido.

Eu não posso culpar suas atitudes ultimamente, ela tem seu direito de ficar com raiva de mim por ter mentido por tanto tempo, mas ela também não vê o outro lado da moeda totalmente. Ela diz que vê e que está tudo bem, mas eu não a sinto perto de mim como antes, a conexão que antes transbordava entre nós, hoje não há mais nada, está raso, está vazio.

Eu me sinto abandonado.

Um relacionamento é como uma planta, onde a pegamos para criá-la e ambos tem a responsabilidade de cuidar, mas nós dois paramos de fazer isso há muito tempo e sabemos disso, mas aqui estamos nós, empurrando com nossa barriga o que precisa ser feito porque não sabemos lidar com a partida um do outro, e não há dor mais fodida do que essa.

Quando você sabe que acabou, mas que não consegue viver sem a pessoa. A ideia de soltá-la machuca, mas saber que está segurando e a prendendo te destrói até os ossos, a sensação é de desamparo.

Não posso perdê-la, por mais que Estella esteja distante, ainda a amo com cada pedaço de mim e não tenho dúvidas quanto à isso, mas algo em mim está perdido no meio do nosso caminho, nós dois tomamos rumos diferentes em um determinado momento e não conseguíamos mais voltar.

Tudo parecia tão superficial agora, as lembranças do que um dia já fomos me machuca e me faz querer me jogar no álcool, na tentativa inútil de esquecer isso.

Eu corro de volta até a minha mansão, controlando minha respiração desregulada depois de treinar pesado com Duth para espairecer e a corrida. Isso sempre me ajudou, me faz relaxar a mente de alguma maneira. Enxugo o meu suor com a toalha de rosto em cima do sofá e tomo a água da garrafinha em grandes goles, com minhas mãos trêmulas pelo esforço, eu disco seu número, ansioso para saber se podemos nos ver hoje ou não.

O aflito me consome como um todo, eu a sinto tão perto de mim e tão distante ao mesmo tempo que é como estar beijando, conversando e fazendo sexo com alguém que eu não conheço mais. É como se toda nossa chama tivesse sido, da forma mais frustrante possível, apagada como uma vela.

 É como se toda nossa chama tivesse sido, da forma mais frustrante possível, apagada como uma vela

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