Capítulo 17

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O burburinho de vozes ecoa em meus ouvidos e olho ao redor do jardim, observando toda nossa família reunida

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O burburinho de vozes ecoa em meus ouvidos e olho ao redor do jardim, observando toda nossa família reunida. Ao meu lado, as meninas conversam sobre alguma coisa de Emma ter ganhado um milho cru em um de seus encontros.

— Isso não pode ser verdade – Giana diz — Ninguém em sã consciência faria isso em um encontro.

— Oh, ele fez. Disse-me para compará-lo com o tamanho do seu pau – Emma geme de frustração.

— Isso foi nojento – digo, com minhas sobrancelhas apertadas — Muito nojento.

— Você tem um péssimo histórico com encontros – Emily ri.

— Estou começando a acreditar na história do seu pai ter jogado macumba em seus encontros – Merlia comenta, humorada.

— Não duvido em nada, nunca vi homens tão ciumentos como os dessa família.. — Emma diz.

— Ele querem nos proteger.

— Hum.. – eu bebo do meu vinho, mergulhando no sabor doce e ácido ao mesmo tempo e suspiro, continuando a falar — Não sei bem se jogar macumba nos encontros da sua filha é proteger.

As meninas gargalham, e levo a taça à boca novamente para me deliciar de mais um gole da bebida, mas meus ouvidos se desfocam da conversa quando Riven passa pelas portas do jardim, sorrindo de alguma coisa que David está contando para ele, e é somente em sua risada que envia borboletas ao meu estômago que consigo me focar.

Seu cabelo está molhado e bagunçado de uma forma atraente e desleixada ao mesmo tempo. A calça preta agarra suas coxas e o suéter agarra todos os músculos dos seus braços e peito perfeitamente bem, como uma segunda pele. Ele cruza seus braços, repuxando o tecido com seus movimentos e caminha ao lado do meu irmão e agora Michael, que acabara de se juntar à eles, é muita confiança para uma pessoa só.

Prendo o ar. Bebo um pouco mais de vinho tentando controlar as emoções do meu corpo, o calor repentino que vem se tornando algo presente sempre que Riven está no mesmo local que eu parece derreter a minha pele, estou em chamas. Meus dedos apertam mais a taça e desvio meu olhar para algum canto, recuperando meu fôlego e tentando conter meu coração acelerado.

Ignore-o, Estella.

Sua voz rouca e grave fica cada vez mais próxima, e eu viro toda a bebida de uma vez, me levanto assustando todas as meninas e engulo em seco, sem saber o que fazer quando sinto seu olhar queimar em minhas costas.

— Eu vou ao banheiro – anuncio, saindo antes mesmo que ele chegasse até nós.

Lavo minhas mãos, encarando o meu rosto no espelho e tentando acalmar a minha respiração. O que foi isso? Ele literalmente não fez nada, Estella, pare de agir como uma garota de colegial emocionada.

Droga, por que ele tem que mexer tanto comigo? Já se passou tanto tempo, quando isso vai parar?

Com uma respirada profunda, eu saio do banheiro pronta para enfrentá-lo por essa noite. Mas toda a minha coragem cai por terra quando encontro Riven parado um pouco mais à frente, encostado na parede com seus braços e pernas cruzadas, sua postura é relaxada e o sorriso no canto dos seus lábios faz o meu estômago revirar.

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