Capítulo 2

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A bolinha de basebol bate contra a parede do teto da minha sala e retorna para a minha mão enquanto eu ouço atentamente a fala do apresentador de um programa de esportes famoso

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A bolinha de basebol bate contra a parede do teto da minha sala e retorna para a minha mão enquanto eu ouço atentamente a fala do apresentador de um programa de esportes famoso.

“O brilhante e invencível lutador de boxe, Riven O’Connell, mais conhecido como O anjo da morte, O imortal, ganhou mais um campeonato de luta ontem à noite, levando consigo mais uma medalha de ouro para as suas prateleiras. O garoto vem se tornando o astro dos ringues com apenas dezoito anos de idade, conquistando títulos que jamais, em toda a história, haviam sido ganhos por lutadores tão novos...”

Owen, meu assistente e responsável por cuidar da minha imagem ri com a matéria e me olha.

— Cara, eles adoram você – diz, eufórico.

— E elas também – acrescento, lançando uma piscadela — Nunca se esqueça das damas também.

Owen é novo, tem apenas vinte e cinco anos, seus cabelos são escuros assim como seus olhos, sua pele é branca, ele é meio forte e tem um rosto quadrado definido, o típico de homem padrão e que as leitoras de romances dariam tudo para ter um. Owen vem sendo um grande aliado para mim no mundo da fama, não só sendo meu assistente, como um suporte quando preciso e um grande amigo.

Deixo a bolinha cair no chão e me sento no sofá, me abanando com as próprias mãos, levando-as aos ouvidos como se estivesse pedindo para a multidão gritar mais alto.

— O’Connell.. O’Connell.. – Owen sussurra, sorrindo como eu.

— Já chega disso vocês dois – Duth intervém.

Ele é o meu novo treinador, escolhido por mim mesmo há alguns meses. Duth tem trinta e quatro anos e fora um lutador de sucesso em sua época, seus cabelos são pretos e a pele é negra, o corpo alto e musculoso denunciando sua antiga profissão era a sensação do momento quando saíamos nas ruas.

— Qual é, Duth? – Owen diz — O garoto é o momento, tem que deixar ele curtir.

— Ainda há muito o que ser feito para isso – resmunga, assistindo a matéria — Não deixe que a fama suba a sua cabeça, garoto.

— Eu não vou – digo — Mas eu mereço alguns créditos, não acha? Ninguém mais vence de mim.

— É mesmo, garoto show business? – Duth provoca, caminhando até mim e impedindo que eu tome a coca-cola em minhas mãos — Direto para a academia, agora.

— Ei, hoje é meu dia de folga!

Ele entrega a lata de refrigerante para Owen que, de forma debochada, a toma na minha frente e semicerro meus olhos em ameaça.

— Isso não foi gentil, Owen – aponto para ele.

— Está uma delícia. Nada melhor que uma coca-cola bem gelada, ein? 

— O que você ainda faz aqui? – Duth indaga.

— Esperando meu treinador – zombo, correndo quando ele ameaça bater na minha cabeça, eu posso ser inconsequente as vezes, mas não o suficiente para querer levar um tapa daquela mão monstruosa.

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