- Vitória... - Ele começou a falar. - Você sabe... Esse é meu jeito, infelizmente, mas é. Eu sou impulsivo, e se eu falo algo, não quer dizer que eu realmente pense ou seja aquilo...
- Mas dói... Dói muito. - Desabei novamente.
- Desculpa. - Congelei ao ouvir aquela palavra vindo de Gavira. Ele me deu um selinho longo. - Mas você continua sendo chata. Me aproveitei da situação.
- Posso ir com você agora? - Ele me olhou, travando o maxilar e em seguida revirando os olhos. Aquilo foi sexy. - É que eu não quero ficar sozinha com esses pensamentos ruins. - Fiz um drama.
- Então pensa em mim. - Ele disse e piscou. Mas ele fazia parte dos meus pensamentos ruins.
- Mas Gavira... - Ele bufou.
- Como você é irritante, puta que pariu. E ainda por cima me deixa louco quando me chama de Gavira. - Eu mordi o lábio inferior. - Mas lá é perigoso para você... - Ele respirou fundo. - Por isso não quero que você vá. - Por fim ele disse.
- Você tem medo de me perder? - Perguntei o olhando.
- Vou pegar algo para beber. - Ele mudou totalmente de assunto, saindo do quarto.
Fui atrás, porém fiquei pela sala e ele foi para a cozinha. Sentei-me naquele sofá e logo peguei meu celular que estava lá atirado. Setenta ligações perdidas de meu pai.
- Caralho, setenta ligações perdidas do velho. - Comentei alto para que Gavira pudesse me ouvir da cozinha, em seguida ele veio com um copo contendo algum tipo de bebida alcoólica nas mãos e sentou-se ao meu lado, em uma curta distância, cheguei mais perto ainda o mostrando as chamadas.
- Ele está mesmo atrás de você. - Deu um gole na bebida. - Só não quero que sobre para mim depois.
- Por que sobraria? - Perguntei.
- Ele pode simplesmente colocar a polícia atrás de você.
- Será? - Perguntei tensa, ele deu de ombros, peguei a bebida de suas mãos e dei um gole, fazendo uma careta horrível, minha garganta queimava. Gavi riu. - O que é essa porra?
- Vodka pura, coisa boa. - Ele disse e deu outro gole terminando com a bebida.
- Que horror. - Falei ainda sentindo aquele gosto horrível.
Gavi pegou meu celular e começou a ver minhas fotos, deitei minha cabeça em seu ombro e meus pensamentos foram longes.
- Essa é aquela sua amiga? Aunora? Sei lá. - Ele perguntou mostrando uma foto onde eu e Aurora fazíamos caretas.
- É Aurora. - Disse e dei uma risada de leve. - Ex amiga.
- Ainda não fizeram as pazes? - Ele perguntou. - Tudo por minha causa, assim é que eu gosto.
- Não. - Respondi seca.
- Não vão fazer?
- Não sei.
- Por que?
- Porra. - Perdi a paciência, aquilo era um assunto delicado para mim.
- Viu como é bom. - Gallagher disse rindo. - Perguntas demais irritam, e é isso que você faz.
- Mas eu posso. - Disse simples.
- E eu posso mais. - Ele disse se achando. - Enfim, por que não conta logo que nós transamos? - Ele perguntou indiferente.
- Você não entende, não é bem assim...
- Ela é apaixonada por mim? Porque eu sei que ela se amarra no lindão aqui.
- Não, Gavi. Só não estou preparada para falar isso... Se bem, que ela meio que descobriu sobre a gente.
- Descobriu?
- É, ela me viu entrando em seu apartamento. - Era a primeira conversa descente entre eu e Gavira.
- De qualquer forma... Ela é gostosinha. Faz as pazes com ela e traz ela aqui para um sexo à três, talvez...
- Que nojo. - Falei lhe dando um tapa. - Odeio quando você faz essas piadinhas.
- Não é piada. - Ele disse sério.
- Idiota.
Já era noite e eu apenas ficava observando os garotos para lá e para cá se arrumando para ir a tal boate. Eu já estava ficando com raiva novamente porque Gavi me deixaria e mais raiva ainda porque ele transaria com outras.
Fui até o se quarto batendo perna e abri a porta, Gavi estava apenas de cueca.
- Eu quero ir. - Falei.
- Mas que porra, Vitória. De novo? Já disse que não.
- Eu não quero ficar sozinha. - Disse cruzando os braços.
- Deus está entre nós. - Ele disse vestindo as calças.
- Por favor. - Disse chegando mais perto e dando dando leves beijos em seu peitoral nu, logo fui para os seus lábios. - Se você quiser eu finjo que nem te conheço.
- Ah, claro. Você vai chegar comigo, mas nem me conhece. Boa hein, Vitória. - Ele debochou.
- Eu não quero que você fique com outras. - Abri o jogo, ele me olhou e riu.
- Mas eu vou. - Ele disse implicante. - Você já me teve demais.
- Ok, Gavira. Mas você que sabe... Ou deixa eu ir, ou esquece isso. - Falei o prensando em mim violentamente, mordendo seus lábios e pondo suas mãos em minha bunda, vi seus olhos se perderem, ele avançou a fim de prolongar aquilo, mas eu não deixei.
Saí do quarto, óbvio que Gavi não se comoveria, ele tinha a mulher que queria e eu era apenas mais um brinquedinho. Voltei para a sala e liguei a televisão colocando em um programa qualquer.
Meu celular tocou novamente, era meu pai, eu ainda estava puta da cara com tudo. Porém, preferi atender, pois lembrei-me do que Gavi havia dito sobre ele colocar a polícia atrás de mim.
- Alô. - Disse indiferente.
- Vitória, pelo o amor de Deus, diz onde você está. Volta para a casa, por favor.
- Para que? Para você me mandar pro Texas? Não. Eu estou muito bem.
Tinha uma chamada de Aurora, talvez ela já estivesse a par de toda a situação, mas não liguei de volta, em breve marcaria um encontro com ela e lhe contaria tudo, eu precisava dela e sei que nessa situação ela me apoiaria.
- E aí, como eu estou? - Ferran disse aparecendo na sala e dando um giro, mostrando sua roupa, ele estava realmente um gato.
- Tá legal. - Eu disse fazendo pouco caso.
- Só legal? - Ele perguntou com descontentamento.
- Ok, você está super gostoso.
- Ah papai, agora eu gostei. - Ele disse risonho.
- Que putaria é essa aqui? - Gavi surgiu do nada, parecia estar com ciúme do elogio que eu fiz a Ferran.
- Que putaria? - Perguntei.
- ''Você está super gostoso.'' - Ele disse me imitando.
- Mas Ferran está uma delicia mesmo, agora você... Hm... Deixe-me ver... Mesma coisa de sempre. - Amava irritar Gavira, Ferran deu dois tapinhas nas costas de Pablo e saiu rindo.
- Ah é? - Gavira disse. - Eu ia deixar você ir, mas você não quer sair com alguém que está a mesma coisa de sempre. - Dei um pulo do sofá ao ouvir aquilo.
- O que? Quem disse isso? - Me fiz de boba. - Você está lindo, gostoso, maravilhoso, Ferran não é nada perto de você.
- Eu ouvi isso, hein. - Ferran gritou e eu levei as mãos a boca. Pablo riu.
- Vou me arrumar. - Saí rapidamente, mas antes Gavi me puxou para um beijo, o qual eu correspondi feliz. Parei o beijo com um sorriso e fui me arrumar.
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POSSESSIVE - PABLO GAVI
Teen Fiction"𝚅𝚘𝚌𝚎 𝚎 𝚖𝚒𝚗𝚑𝚊 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚎𝚗𝚍𝚘 𝚘𝚞 𝚗𝚊𝚘, 𝚙𝚘𝚛𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚜𝚒𝚖𝚙𝚕𝚎𝚜𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚊𝚗𝚜𝚎𝚒𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚜𝚎𝚓𝚊 𝚊𝚜𝚜𝚒𝚖 𝚟𝚘𝚌𝚎 𝚗𝚊𝚘 𝚝𝚎𝚖 𝚎𝚜𝚌𝚘𝚕𝚑𝚊."- Pablo Gavira 𝙴 𝚜𝚎 𝚎𝚕𝚊 𝚏𝚘𝚜𝚜𝚎 𝚍𝚎𝚕𝚎? 𝚂𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚍𝚎𝚕�...