018

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Já havia passado uma semana e Aurora ainda fazia questão de não olhar em minha cara e isso doía pra caramba. E eu ignorava Gavi de todos os modos, pois eu coloquei em minha cabeça que eu não iria mais ser feita de idiota por ele, é como se eu quisesse me livrar e deixar de ser atraída por ele.

- Aurora, posso falar c você? - perguntei esperançosa ao ver ela passar por mim no corredor, desde que a gente havia se desentendido eu não deixava de correr atrás dela nem uma única vez.

Aurora não me respondeu, apenas continuou andando. Segurei a droga do choro

- Ih! Acho que sua amiguinha não quer mais saber de você... Até que eu entendo ela

- Gavira... - revirei os olhos ao avistar ele, que se mantinha com as mãos no bolso

- Lindo como sempre. - ele disse e eu fechei a porta do meu armário com força

- Não, idiota como sempre

- Posso até imaginar porque ela não quer falar com você - ele disse e riu

- Ah é? Então me diz porquê. - o desafiei

- Simples... Eu e você - ele disse indiferente - Vá lá e confie na sua amiga, conte para ela que nós transamos, que você é apaixonada por mim e que eu te proporciono muito prazer - eu ri debochada

- Não sonha - falei

- Mas não é verdade? Ou você vai dizer nós nunca transamos?

- Vou dizer que nós nunca transamos, pelo menos para tentar ficar feliz... - Gavi me olhou e riu

- É incrível como você mente para todos e para você mesma - ele tocou em minha ferida, aquilo me atingiu em cheia - Pensei que você fosse mais inteligente... Me ignorar, não vai fazer você se afastar de mim. Eu te tenho, entenda isso.

- Não, você ACHA que me tem. É bem diferente.

- É aí que você se engana... VICK - ele deu ênfase ao meu apelido.

- Me deixa em paz Gavi. Eu estou apenas tentando ser quem eu era antes de te conhecer

- Ok, mas só pra te avisar que: Sua pureza não volta, eu não posso te devolver ela. Desculpe - ele disse implicante como sempre, riu e saiu. Filho da puta.

Bateu o sinal e fui para a sala de aula sem vontade alguma. A aula de inglês foi normal, tirando a parte que eu tive que ver minha melhor amiga rindo loucamente com a Gabriela  como se elas realmente fossem íntimas, caralho, elas não eram, nunca foram. Ridículo isso. A verdade era que Aurora me fazia muita falta, ela era praticamente minha única amiga, a única pessoa que eu podia confiar e não confiei.

- Professora? - chamei e ela me olhou - Será que eu posso ir tomar uma água?

- Não está se sentindo bem de novo Vitória? Aham, sei - Anita se meteu

- Garota, me responde uma coisa, eu te chamei no assunto? Ah claro que não, é que ser intrometida é sua especialidade.

- Eu falo o que eu quiser - ela tentou se defender

- Só fala o que quiser pessoas com conteúdo, e não, você não tem isso - Anita ficou quieta - Ah e eu tenho uma pergunta: Como vai as coisas com seu pai? Fiquei sabendo que ele descobriu que havia um garoto em sua casa, alguma coisa assim... - Fui uma verdadeira megera, confesso, mas não mais do que ela. Anita me olhou com uma cara do tipo "como você sabe?" e eu ri, enquanto a turma cochichava - Ah e se você quer saber, não, eu não estou me sentindo mal... Só estou com sede. Isso te incomoda?

- Não - ela disse seca e desviando o olhar de vergonha

- Ok. Posso ir professora?

- Sim, Vitória, vá - ela disse com um sorriso breve nos lábios. Saí da sala.

POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora