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- Porra, Gavi. Tu viu a cara daquele mané quando a gente chegou lá? - Raphinha falava entre riso

- Ai caras, por favor não me matem. - Ansu fez uma voz de choro imitando o suposto mané.

- Eles se metem com a gente e depois pedem piedade, não é assim que funciona, papai. Entrou no jogo, é pra jogar. - Gavi disse e todos concordaram rindo, continuei sentada no sofá apenas observando, eu ainda queria que aquelas roupas fossem guardadas.

- Mas e aquele outro cara? Pensei que ele fosse se mijar todinho. - Pedri disse rindo e todos foram no embalo.

- Muito florzinhas aqueles trutas, puta que pariu, teve nem graça tocar o terror. - Gavi disse com um sorriso nos lábios.

-Ah para, teve sim, Gavi. A melhor parte foi... - Raphinha parou de falar e ficou observando a casa. - É impressão minha ou isso aqui tá brilhando? A gente entrou no apartamento errado né, seus zé ruelas, sempre patifando, puta merda - Raphinha disse.

- Não, esse é o apartamento de vocês mesmo. - Falei levantando-me do sofá e trazendo a atenção deles para mim. - Eu sei que não parece, mas sim, eu consigo fazer milagres. - Disse revirando os olhos.

- Pagou de empregadinha? - Gavi debochou.

- De nada. - Ironizei.

- Por que eu deveria agradecer? Não pedi para você fazer porra nenhuma. - Gavi disse, sempre tão carinhoso.

- Como você é mal agradecido, puta que pariu, Pablo Gavira - Falei brava. - Vocês eram praticamente quatro porcos dentro de um chiqueiro.

- Quatro porcos ricos e lindos. - Raphinha disse e eu mostrei o dedo do meio para ele. - Então... Vai ficar aqui quanto tempo? Gavi nos contou tudo. - Raphinha perguntou e eu fiquei com uma expressão meio triste.

- Eu não sei... É que eu realmente não tenho para onde ir. - Falei fitando o chão. - Mas se vocês quiserem que eu vá embora, eu vou. - Fiz um drama básico.

- Ok, então vá. - Pedro disse indiferente indo em direção ao sofá.

- Sua opinião não conta, você mora aqui, mas não é gente. - Retruquei.

- Olha, por mim... - Ansu começou a falar. - Não tem problema. Vai limpar a casa todos os dias?

- Há-há-há idiota. - Falei.

- Por mim também, desde que você não atrapalhe e não se meta nos nossos planos. - Raphinha disse. - Igual da ultima vez. - Nós dissemos em uníssono e logo abrimos um sorriso.

- Não, juro que eu vou fingir que vocês são jovens convertidos. - Ansu e Raphinha riram, Gavi só observava o fato de eu me dar bem com eles.

- Vai ser meio difícil, afinal, você é a namorada de Gavi. - Ansu disse e os meus olhos e os de Gavira se encontraram, nos olhamos por um tempo, mas logo ele desviou o olhar. Então lembrei-me das roupas.

- Garotos, venham aqui. - Mudei de assunto. - Os quatro. - Mostrei quatro dedos para eles e saí na frente, logo eles vieram me seguindo.

Abri a porta do quarto onde eu havia colocado as roupas e olhei para eles que encaravam aquele morro de roupas de boca aberta, segurei o riso.

- Então, eu não sei que roupa pertence à quem. - Comecei a falar com um jeito inocente. - Se não... eu até guardaria para vocês...

- Ok, a gente te fala e você guarda. - Ansu deu de ombros e eu gargalhei.

Eu acho que... não. - Falei cruzando os braços e ficando séria de frente para eles que me olhavam perdidos. - Bom trabalho. - Dei um sorriso.

- Eu não vou guardar porra nenhuma. - Gavi se pronunciou.

POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora